Conheça três atrações imperdíveis de Sintra, a cidade portuguesa dos contos de fada

Conhecer Sintra tornou-se parte do roteiro obrigatório para quem visita Lisboa. É uma região fantástica, repleta de palácios exuberantes, castelos de pedra, falésias escarpadas com vista para o oceano e uma vila que parece ter sido retirada de um conto de fadas. Sintra é uma cidade única no seu gênero, que não deve faltar na lista daqueles que querem captar toda a complexidade histórica e cultural de Portugal. Vamos conhecer três de seus principais pontos turísticos.

1. Palácio Nacional da Pena – uma das sete maravilhas portuguesas

            O Palácio Nacional da Pena foi encomendado pelo Rei Fernando II, um grande amante da arte, do teatro e da literatura. Como em um cenário de ópera, a visita exigirá uma compreensão semelhante por parte dos turistas.

            Trata-se de uma maravilha arquitetônica: aninhado no topo de uma colina, o palácio tem uma vista incrível de todos os arredores, que possibilita um ângulo de 360 ° sobre um vasto verde e, em dias de sol, até mesmo a cidade de Lisboa.

            É o excesso da decoração que o torna um monumento tão especial, contando com múltiplas influências: romantismo, manuelino, gótico, barroco, mourisco, renascentista, etc. O resultado é uma excepcional mistura de cores e estilos, que pode ser apreciada já em seu exterior.

            Do alto, é possível avistar o Palácio no topo de um dos picos da Serra de Sintra – sendo um dos pontos mais fotografados de Portugal. Ao longo dos muitos séculos de história, ele mantém intacto todo o seu esplendor. No coração do Parque da Pena, como uma joia incrustada em seu verde, o Palácio é, sem dúvida, além de um refúgio histórico e cultural, um ponto de visita obrigatório nas paisagens portuguesas.

História do Palácio da Pena

            A origem do Palácio da Pena remonta ao século XII, quando ainda era apenas uma capela construída em homenagem à Virgem Maria. Em 1501, o rei D. Manuel I mandou transformar esta capela em mosteiro. Na época, longe da agitação de Lisboa, apenas dezoito monges ocupavam e mantinham as instalações. Poucos visitantes de alto escalão. No século VIII, o edifício foi atingido por um raio e um terremoto que o reduziu a ruínas.

            Esquecido por muito tempo após este incidente, foi só em 1838 que o rei Fernando II se interessou por ele, comprou o terreno e decidiu construir uma residência de verão para a família real. Um arquiteto alemão, Wilhelm Eschwege, ficou encarregado de restaurar o edifício, entre 1842 e 1854. A influência das suas inúmeras viagens faz-se sentir na arquitetura do Palácio que, como dissemos, mistura muitos gêneros. Depois de algumas aventuras familiares e da Revolução Republicana de 1910, o Palácio da Pena foi comprado pelo Estado. O edifício é então reconhecido como monumento nacional e aberto à visitação.

            Aconselhamos tirar o dia para visitar o Palácio da Pena. Além de ser uma visita longa com muitos pontos a serem fotografados, a fila de turistas é imensa desde o início da manhã. Vale a pena hospedar-se na região para desfrutar de tudo o que a cidade dispõe, como veremos adiante.

            Para facilitar seu deslocamento, sugerimos o autocarro (ônibus) turístico de Sintra linha 434. É uma linha especial dedicada aos monumentos de Sintra e arredores. Ele o levará a todos os pontos de interesse da cidade, fazendo um circuito com várias paradas nas quais você pode descer, visitar o monumento e, em seguida, embarcar em outro veículo da linha. Os bilhetes de transporte podem ser adquiridos diretamente a bordo com o motorista.

O que fazer durante a sua visita ao Palácio da Pena?

            A visita ao Palácio da Pena em Sintra é feita primeiro pelo exterior. Admire suas fachadas coloridas e misturas arquitetônicas. O resultado é fascinante e os olhos não sabem para onde olhar. O interior é obviamente tão hipnótico, com uma arquitetura de tirar o fôlego e vários “salões de estado”.

            A visita inicia-se com o antigo claustro que combina o estilo manuelino com os azulejos hispano-árabes e seguidamente percorre-se as várias salas do Palácio. Um detalhe curioso e um pouco frustrante é que as fotos são absolutamente proibidas dentro do Palácio da Pena! Há guardas o tempo todo vigiando cada um dos cômodos do castelo. Cada quarto exibe móveis e objetos reais. Muitos painéis explicam bem a vida da época. A decoração é luxuosa e as paredes são pintadas com ou esculpidas em finos relevos rendados, geometria que incorpora motivos árabes.

            Mas não se esqueça do Palace Park, uma enorme propriedade florestal que se estende ao pé do Palácio da Pena e que recomendamos imensamente. Os caminhos que pode percorrer oferecem vistas deslumbrantes sobre os arredores, com uma linha de horizonte muito distante. Só para registrar, na compra do seu bilhete de entrada no Palácio, está incluída a entrada para visitar o Parque da Pena. Não desperdice essa oportunidade, vá com tempo!

2. O Castelo dos Mouros

            Visitar Sintra é descobrir um vasto leque da história portuguesa. Não perca o Castelo dos Mouros! A silhueta do castelo dos Mouros destaca-se nas alturas da serra de Sintra. É uma das atrações mais populares da bela cidade de Sintra. Longe da exuberância dos palácios da região, suas pedras antigas estão impregnadas de história.

            Depois de ser negligenciado durante as cruzadas cristãs, o Castelo passou por vários desastres naturais. No entanto, incêndios e terremotos não conseguiram destruir a grandiosidade da construção. Durante o século XIX, surgiu um certo interesse pela Idade Média, moldado pelo Romantismo. O Castelo é então restaurado e torna-se um ponto obrigatório de visitação em terras portuguesas. Além de suas pedras antigas repletas de história, oferece panoramas espetaculares da região.

História do Castelo dos Mouros

            As primeiras fortificações do castelo surgem por volta do século VIII, durante a conquista muçulmana da Península Ibérica. O então denominado Castelo de Sintra era então um importante posto de observação da costa, muito bem escolhido pelos mouros que tinham, assim, o controle de toda a região a começar pela serra de Sintra. A partir daí, o destino do Castelo dos Mouros ficará intimamente ligado à história de Portugal.

            Durante os séculos XI e XII, passou sucessivamente por muitas mãos. Em 1093, foi entregue ao rei Afonso VI de Castela, para regressar aos muçulmanos três anos depois, e finalmente para ser reconquistada pelos católicos em 1147. Foi então gradualmente abandonada, vítima de numerosos desastres naturais. Mas o Castelo dos Mouros não estava destinado a desaparecer. Foi renovado por iniciativa do Rei Fernando II, no auge do movimento romântico. O interesse pela época medieval e pelas culturas orientais coloca o Castelo de volta aos holofotes. Passeio imperdível para quem visita Sintra.

Conhecendo o Castelo

            No caminho entre a bilheteira e o Castelo encontra-se uma pequena exposição arqueológica, que foi montada na Igreja de São Pedro de Canaferrim. Uma oportunidade e tanto para mergulhar na história do Castelo de Sintra! Ali estão peças encontradas durante escavações, que datam do período Neolítico à Idade Média. Você também encontrará uma maquete do castelo e uma representação da necrópole. Aconselhamos a não perder esta exposição, pois o resto da visita não inclui qualquer indicação histórica.

            Uma vez na Praça das Armas, você pode escalar as paredes do leste ou do sudoeste. Siga o caminho coberto que o leva à torre real. Por que real? Porque este último foi um local privilegiado para o rei Fernando II, que ali veio pintar. Podemos entender facilmente como ele encontrou inspiração diante desse panorama espetacular… Aproveite para fotografar a paisagem!

            As muralhas oferecem um panorama deslumbrante da região de Sintra. Além dessas planícies verdejantes, pontilhadas de mansões românticas, é possível avistar a linha azul do Oceano Atlântico. Visitar o Castelo dos Mouros também é uma oportunidade para admirar outros monumentos importantes de um ângulo atípico. Assim, poderá desfrutar de uma vista privilegiada das cores exuberantes do Palácio da Pena, mas também do Palácio Nacional de Sintra.

            No interior das muralhas já não sobrou muita coisa: a torre de homenagem, uma cisterna e a capela românica de São Pedro. No entanto, novos desenvolvimentos foram feitos em 2013. Portanto, você também encontrará estruturas de madeira que lembram torres de assalto medievais. Pare na Porta da Traição – uma passagem secreta que permite fugir do castelo em caso de ataque… Ou para trazer inimigos, daí o seu nome. Um precioso vestígio mourisco.

3. O Palácio Nacional de Sintra

            Símbolo de Sintra, o Palácio Nacional, ou Palácio da Vila, é uma visita obrigatória. A sua silhueta é caracterizada por duas chaminés cônicas brancas com 33 metros de altura. Eles são um verdadeiro marco no centro da cidade.

            Construído pelos mouros, o palácio passou por várias reformas que marcam a sua história. Seus quartos são decorados com pinturas e mosaicos de notável requinte. Encontrará também a maior coleção de azulejos mudéjares do mundo! Além disso, o interior do palácio foi convertido em museu desde 1940. Ao visitá-lo, você terá a oportunidade de admirar a mobília de época, bem como pinturas e tapeçarias.

            Este foi o primeiro dos palácios de Sintra que visitamos, porque se encontra no centro da cidade. Pode-se ver da estrada sua arquitetura única com seus dois enormes cones brancos. O edifício foi construído no século XII sobre as fundações de uma fortaleza moura, que era a residência dos reis de Portugal. O palácio foi ampliado nos séculos XIV e XV para se tornar uma mistura complexa entre a arquitetura manuelina e a estética árabe.

            Dentro do Palácio, avistamos de início a imponente Sala dos Arqueiros e, logo depois, a Sala dos Cisnes, a maior sala cerimonial do Palácio. Anteriormente denominado “Grande Salão”, era destinado a recepções e banquetes. Seu nome atual deve-se aos 27 cisnes pintados nas caixas do teto.

            O percurso passa então por várias salas, decoradas com azulejos de diferentes padrões, como o Salão das Pegas com a sua sede, o quarto de D. Sebastião, o Salão das Cozinhas e o seu teto abobadado em forma de casco de barco. No exterior, os Jardins dos Príncipes e no pátio das pequenas piscinas.

            O ponto alto da visita é, sem dúvidas, o Salão dos Brasões, uma sala enorme onde o olhar é imediatamente atraído para o teto arabista. O conjunto é decorado com brasões de 72 famílias nobres portuguesas do século XVI. Nos corredores, as paredes são revestidas de azulejos figurativos, com molduras que representam cenas da vida, em particular caçadas.

            Mais adiante, a Capela Palatina merece um olhar com seus detalhes de pombas segurando ramos de oliveira no bico. Em seguida, a Sala Árabe com uma fonte indiana no chão e as famosas cozinhas com as duas enormes lareiras de 33 metros de altura. De tirar o fôlego!

            Por fim, atravessamos a Sala Manuelina com o seu lustre e móveis de época. Depois, uma esplanada permite fazer uma parada contemplativa na esplanada da Praça da República e no monte do Castelo dos Mouros. Passeio ideal para iniciar sua jornada na belíssima Sintra.

            Na próxima semana continuaremos com nosso passeio por Sintra. Até lá!

Sandra Brito Writer

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