Audiência especial com membros da Prefeitura, Governo do Estado, MPRJ E INEA, trata sobre a urgência da macrodrenagem dos Rios Quitandinha e Piabanha

Na tarde desta quinta-feira (24), uma audiência especial com membros da Prefeitura de Petrópolis, Governo do Estado, Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e Instituto Estadual do Meio Ambiente (INEA), tratou sobre o projeto de macrodrenagem dos rios de Petrópolis. A medida tem o objetivo de resolver um problema antigo de Petrópolis, que são as constantes enchentes, e a contenção das águas, evitando assim que os rios transbordem.

“A macrodrenagem faz com que as águas sejam direcionadas para os seus destinos sem causar danos à cidade e pessoas. O que a gente encontra em Petrópolis é exatamente o oposto do que seria a macrodrenagem adequada”, explica o professor de Engenharia Civil, Robson Gaiofatto.

Ainda de acordo com ele, Petrópolis tem muitas encostas ocupadas. “Além disso, a pavimentação asfáltica de muitas vias faz com que a água da chuva seja direcionada rapidamente para as partes baixas, atingindo os rios principais, e fazendo com que todas essas águas se encontrem no Centro da cidade em uma velocidade cada vez maior”, destacou.

O juiz responsável pela audiência, doutor Jorge Luiz Martins, abriu a sessão explicando que essa demanda é prioridade. Ele afirma ser inaceitável que o mesmo assunto seja tratado desde 2011. Já são 11 anos sem que haja uma solução. “Aqui se inaugura uma nova fase. Desde já eu penso que existe o ânimo entre Prefeitura e o Governo do Estado para que cheguem à uma solução. Tem que haver ânimo para a solução desses problemas. Me preocupo apenas que os órgãos nos ajudem”, disse o juiz.

A promotora Zilda Januzzi explicou que desde 2013 o Ministério Público Estadual (MPE) investiga a necessidade de colocar o projeto em prática, ano em que começou a receber reclamações de moradores. Ela afirma inclusive que, por conta dos problemas com o Túnel Extravasor, na região do Quissamã, a macrodrenagem também deve ser aplicada no Rio Palatinato.

“A ação pede macrodrenagem e recomposição de área degradada. A gente poderia pensar em incluir o Rio Palatinato já que existem problemas com o Túnel Extravasor. Nessa audiência queremos saber quem vai fazer o que, qual é o cronograma e qual é a fonte de custeio. Toda intervenção vai ter que ser estudada”, explica a promotora.
Durante a audiência, o prefeito Rubens Bomtempo falou sobre os problemas do Túnel Extravasor. Segundo ele, desde 2001, em seu primeiro mandato, o túnel já gerava preocupação nos moradores. Bomtempo contou ainda sobre as medidas que tomou nos mandatos seguintes, em que estava à frente da prefeitura, mas que não resolveram a situação.

A promotora do estado Elayne Mahler criticou o depoimento do prefeito, que segundo ela, não trouxe nenhuma consideração sobre a nova ação de macrodrenagem dos rios. Segundo ela, o atual cenário representa um total descontrole da administração municipal.

O juiz Jorge Luiz Martins informou que a ata com todas as considerações da audiência deve ser fechada em um ou dois dias.

Raphaela Cordeiro

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