Como se já não bastasse o aumento de 1,62% da inflação em março, agora a alta foi de mais 1,06%, no mês de abril. Esse foi o maior resultado para o mês, desde 1996, quando registrou 1,26%. No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, aumento foi de 12,13%. Em abril, os principais impactos vieram da alimentação e bebidas, com alta de 2,06% e também dos transportes, que registraram alta de 1,91% por conta do aumento no combustível. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril. Nas ruas, os petropolitanos reclamaram do preço dos produtos.
Houve ainda aceleração nos grupos: saúde e cuidados pessoais com 1,77%, artigos de casa chegaram a 1,53%. Os produtos de higiene pessoal ficaram em 0,85%, planos de saúde registraram queda de -0,69% e seguem com variação negativa, por conta do reajuste negativo de -8,19% aplicado pela agência nacional de saúde suplementar no ano passado. O único grupo a apesentar queda no IPCA de abril foi habitação, com -1,14%, por conta da queda nos preços da energia elétrica. Os demais ficaram entre 0,06% de educação e 1,26% de vestuário.
A pesquisa mostra ainda que todas as áreas analisadas tiveram alta em abril. A maior variação ocorreu na região metropolitana de Rio de Janeiro (1,39%), onde pesaram as altas dos produtos farmacêuticos (6,38%) e da gasolina (2,62%).
O botijão de gás não ficou de fora e registrou 3,32%, já o gás encanado ficou em 1,38%. Em março já tinha sido reajustado em 7,72% no Rio de Janeiro. Os produtos alimentícios passaram de 2,39% em março para 2,26% em abril. Os não alimentícios também desaceleraram e registraram 0,66%, frente aos 1,50% do mês anterior.
“Está tudo muito caro, desde o arroz até a carne. No mercado, o preço muda toda hora, quando pensamos em aproveitar a promoção, ela já acabou. Está difícil viver em Petrópolis”, reclamou o aposentado, Antônio Souza.