Aproximadamente 500 mil crianças e adolescentes são vítimas de exploração sexual no Brasil. Porém, a cada 100 casos, apenas sete são denunciados. O crime é algo recorrente no país, e apesar do grande número de vítimas, o silêncio é algo comum.
Um pesadelo, que para muitas crianças é uma realidade. De acordo com o “Disque 100”, 70% dos casos de estupro registrados no Brasil, são de crianças e adolescentes entre 7 e 14 anos. O país está entre um dos primeiros no ranking internacional, com mais casos de exploração sexual de crianças e adolescentes.
“É importante que a gente quebre os estereótipos, tanto dos agressores quanto das vítimas. Muitas pessoas por desconhecer do assunto, acreditam que estão protegidas”, disse a delegada de Polícia Federal, Paula Mery. Nesses casos, é fundamental a ação de um adulto. “De nada adianta saber os sinais e não querer ver, além de querer ver, é importante sempre tomar a providência no melhor interesse da criança. Porque a maioria das vezes são tomadas ações em providências do agressor”, esclareceu Paula Mery.
Mudanças de comportamento, distúrbios de alimentação e sono, além de baixo rendimento repentino na escola. Estes são alguns, entre os sinais que os pais ou responsáveis, precisam ficar atentos. “Algumas crianças podem sinalizar por desenhos, com monstros e descrevendo situações que ela não deveria saber que existe, como práticas sexuais. Estes são alguns sinais que as crianças dão”, falou Paula Mery.
De acordo com a delegada, mais de um terço das ocorrências de violência sexual infantil, são contra crianças com menos de cinco anos de idade. 69% dos casos, são recorrentes, ou seja, acontecem mais de uma vez.
Para denunciar casos de abuso sexual contra as crianças, basta ligar para o “Disque 100”, Conselho Tutelar ou Delegacia de Policia, a lei garante o sigilo.
“Falar pode ser muito difícil, mas não falar pode ser fatal. O silêncio sempre protege o abusador, jamais a vítima! Então denunciem, prestem atenção nos sinais das crianças dão, muitos pedidos de socorro são silenciosos”, finalizou a delegada de Polícia Federal, Paula Mery.
Por Gabriel Faxola / Foto: Pexels
