Dez de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Este ano, com o lema “A vida é a melhor escolha”, mais uma campanha foi iniciada e diversas ações têm sido realizadas. A campanha foi criada em 2014, pela Sociedade Brasileira de Psiquiatria, e desde então é promovida anualmente.
De acordo com a organização mundial da saúde (OMS), no Brasil, 14 mil pessoas cometem suicido por ano. No mundo, os números ultrapassam 700 mil casos. De acordo com especialistas, apesar de ser um tema sensível, é necessário debater ações e iniciativas que possam mudar o cenário atual, em que há uma alta de casos, principalmente na América.
Dados da OMS apontam que o suicídio é responsável por mais vítimas fatais que o vírus do HIV. Entre os jovens de 15 a 29 anos, a situação é ainda mais delicada. Já dentre os gêneros, os homens são maioria entre as vítimas. De acordo com médico Luiz Arongaus, que atua com a medicina oriental, o mês de setembro é um momento de transição e de atenção para pessoas que tiveram algum transtorno. “De acordo com a cultura oriental, estamos em um momento de transição e caso a pessoa não esteja em equilíbrio, não saiba lidar com as emoções, ela pode evoluir para dois extremos, o excesso de raiva, de descontar no entorno ou de achar que todos os problemas são ocasionados por ela e nesse momento é que pode haver uma tentativa de suicídio”, informou.
De acordo com a psicóloga Ana Luci Arongaus, o suicídio pode ser motivado por diversos fatores, como traumas, mágoas, ansiedade e depressão. “Essas pessoas geralmente viveram em um ambiente tóxico, seja em casa ou na escola. Os familiares devem ter atenção, porque no início essas pessoas vão se afastar, fugir do convívio social, deixarão de fazer coisas que antes eram divertidas. Além disso podem apresentar desânimo constante e muita das vezes a pessoa não comete suicídio na primeira vez. É preciso ficar atento aos sinais, marcas na pele, ferimentos”, concluiu.
Na página oficial de combate ao suicídio as pessoas podem encontrar materiais da campanha setembro amarelo, com orientações, dicas e informações para a prevenção.
Por Richard Stoltzenburg/ Foto: Syda Productions