Membros do Conselho Municipal de Turismo (Comtur) estão cobrando formalmente da Turispetro a prestação de contas do Fundo Municipal de Turismo (Fumtur). A crise que se instalou na Turispetro e no Instituto Municipal de Cultura começou em janeiro, quando os valores referentes à arrecadação da bilheteria do Museu Casa de Santos Dumont não foram repassados. De acordo com os membros do conselho, até agora não foi esclarecido onde foi depositada e como foi gasta a quantia de R$ 105 mil referente a essa arrecadação.
No pedido formal, encaminhado pelo vice-presidente do Comtur, Samir El Ghaoui, à secretaria da Turispetro, Silvia Guedon, os membros representantes da sociedade civil cobram a apresentação do balancete e a prestação de contas do uso do recurso vindo do Museu Casa Santos Dumont para a reestruturação das barracas utilizadas na Bauernfest deste ano.
O último balanço apresentado aos conselheiros foi na Assembleia Ordinária de 18 de julho, e contava com saldo de R$ 417.492,92. Na ocasião, sob críticas, foi aprovado pelo Conselho o uso de parte dos recursos para a reconstrução das barracas de madeira que são utilizadas nos eventos promovidos pela Prefeitura. A proposta da Turispetro era que o valor da bilheteria da Casa Santos Dumont, que ainda não havia sido depositado no fundo, fosse usado para esta finalidade.
A proposta inicial era que a Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) fizesse a reestruturação das barracas, orçada em R$ 250 mil. Mas, de acordo com os membros do conselho, na Assembleia realizada em setembro, cuja ata ainda não foi disponibilizada, um representante da Comdep esteve na reunião e disse que os R$ 105 mil, que seriam destinados à reestruturação, foram transferidos para a Comdep, mas que ainda não foram utilizados. Na reunião, segundo os conselheiros, o representante da Comdep disse que havia outras demandas, como a manutenção de banheiros e jardins do Palácio de Cristal.
No documento encaminhado pelos Conselheiros, ainda é solicitado qual o critério e metodologia de cessão e cobrança de uso dos espaços públicos administrados pela Turispetro.
O Correio questionou a Prefeitura, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.