Anvisa proíbe venda de pomada para trança

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), determinou a proibição do uso, produção, distribuição e comercialização de uma pomada capilar usada para modelar e fixar penteados, como tranças. O cosmético está sendo barrado por provocar cegueira nas clientes. A Anvisa explicou que a medida foi tomada porque a Microfarma, empresa que fabrica a Cassu Braids, não está regularizada para produzir a pomada.

Desde o ano passado, muitos consumidores têm relatado ardência nos olhos e dificuldades para enxergar após a aplicação do produto no cabelo, gerando cegueira temporária. Karoline Macedo é trancista há três anos, e parou de usar o cosmético após a proibição. Ela destaca a importância em ler as instruções de uso, inseridas no rótulo dos produtos. “No rótulo há orientação de uso e mostra as contraindicações. Vejo que ainda há falta de comunicação entre o profissional e o cliente. Isso não deve acontecer, porque coloca a saúde do cliente em risco. Todas as recomendações devem ser passadas e os clientes devem seguir corretamente”, explica a trancista.

A distribuidora Cassulinha Cabelos, afirma que o ocorrido diz respeito somente a Microfarma. A Anvisa informou ainda que a empresa responsável, está com o CNPJ inapto junto à Receita Federal, e com a licença sanitária cancelada desde 2018. Os casos de cegueira seguem em observação.

Após a decisão, as trancistas têm buscado outras alternativas para não prejudicar o resultado final das tranças, já que produtos que fixem o cabelo são de extrema importância para tranças mais duradouras. “Não dá o mesmo resultado sem a pomada, mas estamos vendo outras marcas que ainda não tenham sido proibidas. Mas acho difícil, já que todos os produtos são feitos com as mesmas substâncias. Gel ou creme é uma opção mais segura para não arriscar a saúde dos clientes”, disse Karoline.

A agência alerta aos consumidores que compraram a pomada, para não usarem o produto e pediu que entrem em contato com a Microfarma para a devolução. É importante que os clientes fiquem atentos às recomendações dadas pelos profissionais, após a finalização das tranças. E em caso de dúvidas, entrem em contato imediatamente. “De forma alguma a pessoa deve ir a praia ou piscina após usar o produto. Lavar em água corrente com a cabeça para trás é o correto. Caso, mesmo assim, o produto atinja os olhos, procure orientação médica”, alerta a trancista.

Por Larissa Martins/imagems wendel fernandes

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