Instituto Gabriel é inaugurado para cobrar medidas para evitar novas tragédias em Petrópolis

No dia em que a maior tragédia socioambiental de Petrópolis completou um ano, foi inaugurado o Instituto Gabriel, com principal objetivo de prevenir novas tragédias e também de realizar ações humanitárias na cidade. O nome escolhido é em homenagem a Gabriel Vila Real da Rocha, de apenas 17 anos, que é uma das 233 vítimas da tragédia do dia 15 de fevereiro de 2022.

O presidente do instituto é o pai de Gabriel, Leandro da Rocha, que é o fundador da associação. “A prevenção vai abrir um leque de possibilidades em todas as áreas: palestras, ensino, cursos, conhecimentos em primeiros socorros. Nós vamos trabalhar com voluntários capacitados. Também vamos falar de ação humanitária, que é você chegar em uma localidade onde as pessoas precisam de apoio, a gente ser uma ferramenta para trazer esperança para essas famílias”, disse Leandro da Rocha.

Gabriel foi uma das vítimas de um dos ônibus que foi arrastado pela força da água, no Rio Quitandinha, na Rua Washington Luiz durante a enchente do dia 15 de fevereiro. O corpo de Gabriel só foi identificado no Instituto Médico Legal (IMDL) dez dias após a tragédia. O Instituto Gabriel vai cobrar medidas para evitar novas tragédias, como a que ocorreu com os ônibus arrastados para o rio pela correnteza. A sede do instituto será na Rua São Paulo, número 212, no Quitandinha. No local, serão realizados cursos, palestras e outros encontros para entregar informações voltadas para prevenção.

Um ano depois, Leandro afirma que a tragédia poderia ser evitada. “O ano passou muito rápido. A perda de um filho é muito difícil. Porém, o Gabriel está sempre ao meu lado, eu sinto a presença dele. A minha visão é de que tudo poderia ter sido evitado se houvesse mais comprometimento. O nosso papel é lutar para que mudanças sejam feitas”, disse.

Além disso, Leandro afirma que o instituto vai cobrar do poder público ações imediatas sobre o prédio na Floriano Peixoto, nomeado de Gabriel Vila Real da Rocha, que foi comprado pela prefeitura no ano passado para abrigar temporariamente famílias em situação de risco, mas até hoje, não está em funcionamento. “O Instituto Gabriel vai trabalhar nessa questão, cobrando e tendo informações sobre o prédio. Pela importância em receber o nome do Gabriel. Pela ação do Gabriel e atitude dele, precisamos tomar todo cuidado para que jamais usem ou manchem a ação dele”, disse o pai de Gabriel.

Por Raphaela Cordeiro

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