Chuva recorde deixa 3 mortos, interdita estradas e põe cidade em estado de calamidade no litoral norte de SP

Francisco Lima Neto, Clayton Castelani e Claudio Oliveira – FolhaPress

As fortes chuvas que atingem o litoral norte de São Paulo desde sábado, 18, deixaram um rastro de destruição e mortes. Uma menina de 7 anos morreu em um deslizamento de terra em Ubatuba, no bairro Estufa, um homem de 30 anos, no morro do Esquimó e um bebê de nove meses, em Camburi, todos na cidade de São Sebastião., que decretou estado de calamidade pública neste domingo (19). O Prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto (PSDB), informou que há ao menos 30 feridos, dos quais 10 estão em estado grave e é grande a possibilidade de que o número de óbitos confirmados aumente quando as equipes de resgate chegarem aos locais dos soterramentos.

Corrente humana para salvar bebês e crianças


De acordo com o governo do estado, em menos de 24 horas o acumulado de chuva ultrapassou os 600 mm em alguns pontos do litoral. As áreas mais atingidas estão entre Bertioga (683 mm) e São Sebastião (627 mm). Tais índices pluviométricos são dos maiores já registrados no país em curto período e em situação não decorrente de ciclone tropical.


A chuva também impactou o fornecimento de água. Segundo o governo do estado, algumas estações de tratamento foram afetadas pela enxurrada, que arrastou troncos, pedras e muita lama, e técnicos da Sabesp tentam desde a madrugada restabelecer o serviço. Caminhões-pipa estão disponíveis para hospitais e áreas mais afetadas. A recomendação é que as pessoas economizem água.


A programação do Carnaval foi cancelada. Segundo o prefeito, não é possível chegar à cidade por nenhuma estrada, pois todas estão isoladas. A Prefeitura de São Sebastião abriu escolas para receber famílias desabrigadas.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), acompanhado do coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Henguel Ricardo Pereira, está na região e afirmou que a prioridade é liberar as vias para que o socorro consiga chegar.
Serão usados helicópteros das Forças Armadas e da Polícia Militar no resgate, e os feridos serão transferidos para hospitais de Caraguatatuba e de São Paulo. Um comitê para gerenciar as ações de atendimento aos desalojados e desabrigados foi montado.


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