As ruas do centro de Petrópolis ficaram vazias nesta terça-feira (21). Aparentemente, os petropolitanos não estavam muito no clima de festas. Os comerciantes aproveitaram a folga para manterem as lojas fechadas. Com excessão de algumas farmácias e lojas de conveniência que abriram.Mas nem todos quiserem descansar. Na Praça da Liberdade, por exemplo, algumas pessoas se reuniram para celebrar o último dia de carnaval ao som de muita música e danças.Um grupo de amigos aproveitou a oportunidade para comemorar em dobro. Isso porque um ente querido estava completando mais um ano de vida.Foi o guia de turismo, Luiz Salgueiro, quem teve a ideia. “Todos nós temos um amor em comum que é a música. Então, dei a ideia de celebrarmos juntos na praça, tocarmos samba e nos divertimos. É realmente muito bom se reunir com os amigos e aproveitar as partes boas da vida”, disse Luiz.A banda da Liga de Blocos e Escolas de Samba de Petrópolis (LIBESP) se apresentou e tirou todos do banco para sambar ao som das marchinhas. O diretor, Carlos Rempto, contou um pouco sobre a organização do evento. “Buscamos fazer um evento que fuja de bagunça e brigas. Assim, mantemos um local seguro para todos os participantes, principalmente para as crianças. A banda ensaiou muito para que as apresentações fossem feitas com sucesso durante a programação”, disse.O Presidente da LIBESP, Eduardo Moreira, que organiza o carnaval na cidade há mais de dez anos, conta que durante os cinco dias de festas, levar a alegria a população foi o principal objetivo. “Sempre buscamos realizar um evento inclusivo, onde pessoas que tenham alguma deficiência, crianças, jovens e todos possam participar. Ao longe desses dias de carnaval, o nosso bloco vai da M circulou por toda cidade, animando, cantando e dançando. Isso é importante também para a retomada do carnaval após os momentos difíceis que a cidade enfrentou”, disse Eduardo.O movimento de pessoas na praça foi bom principalmente para os vendedores ambulantes, que fizeram um dinheiro extra durante as festividades.Rosângela Monteiro trabalha no local há 20 anos e conta que em poucos dias os estoques esgotaram. “Vendi todas as esfumas e confetes, a procura foi grande. Para mim, esse foi o melhor carnaval pós pandemia em questão de vendas. A expectativa é que eu consiga uma quantidade suficiente de dinheiro para pagar as contas”, disse a vendedora.
por Larissa Martins