CDDH realiza encontro em memória de Marielle Franco, nesta terça-feira (14), em Petrópolis

Nesta terça-feira (14), completa cinco anos da morte de Marielle Franco. A vereadora e o motoristas dela, Anderson Gomes, foram assassinados a tiros de dentro do carro, no dia 14 de março de 2018, na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, na Região Central do Rio. Marielle foi atingida com pelo menos quatro tiros na cabeça. A perícia encontrou nove cápsulas de tiros no local. Os criminosos fugiram sem levar nada. Cinco anos depois, ainda não há respostas concretas sobre o caso.

A vereadora lutava por políticas públicas voltadas para negros, mulheres e a comunidade LGBTQIA+. E, em homenagem a ela, hoje (14), o Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis (CDDH), realizará um encontro de mulheres em memória da história dela, às 18h, na Rua Monsenhor Bacelar nº 400. O evento é aberto para todo o público.

Cleonice Fernandes é educadora no CDDH e conta que o evento vem de uma semana cheia de atividades, voltadas para o mês da mulher. “Nesse mês já realizamos muitos encontros em homenagens às mulheres. Esse vai ser ainda mais especial, porque sabemos da luta da Marielle por direitos humanos. No encontro, vamos ter uma peça, o jantar e roda de conversa. Divulgamos o convite nas redes sociais e aguardamos pelo menos 20 participantes”, disse.

Uma sala também foi preparada para receber as crianças. As mulheres que tiverem filhos não só podem, como devem levar eles, para também participar das atividades. O espaço conta com uma exposição de fotos de arquivo da história do centro de defesa dos direitos humanos.

A coordenadora, Carla de Carvalho, conta que por mês mais de 40 famílias são atendidas na instituição nos mais 44 anos de funcionamento. “O CDDH é uma organização de acolhimento encaminhamento e acompanhamento de denúncias de violações de direitos humanos. Ela foi fundava oficialmente em 1979, mas já atuava antes. Realizamos atendimentos multidisciplinares com psicólogos, assistente social, educadores e outros profissionais. Realizamos oficinas, palestras e encontros para desmistificar o que dizem sobre defendermos apenas bandidos. Lutamos pelas pessoas que vivem às margens das políticas públicas, psssoas que não abandonadas pelos governantes” explica Carla.

Já na parte da manhã, às 06h, vai ser realizado o ato “Amanhecer por Marielle”, na Praça Dom Pedro, feito todos os anos por apoiadores que se tornaram “sementes” da vereadora. Eles cobram respostas sobre a morte e não deixam que a memória dela seja esquecida.

A vereadora Júlia Casamasso é uma das responsáveis e convida a todos a participarem. “É muito importante fazermos esse ato porque ela foi morte pelo simples fato de ser uma mulher negra na política. O ato reforça o nosso apoio às mulheres na política, para que elas não tenham medo de estarem em um lugar de poder. Todos são convidados a participarem do evento, levando fotos, poemas e etc. vamos nos reunir na praça porque foi onde erguemos uma placa em homenagem a ela, na época, e ela foi quebrada. O local se tornou simbólico para a ocasião”, afirma.

Por Larissa Martins

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