Casos de Síndrome Respiratória Aguda por Covid-19 avançam no Brasil

Divulgado na última segunda-feira (27), o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz mostra que nas últimas seis semanas, houve crescimento de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), no Rio de Janeiro. Os casos se estabilizaram nas últimas três semanas. A pesquisa é referente à semana epidemiológica entre 5 a 11 de março. A análise tem como base os dados inseridos no sistema de informação da vigilância epidemiológica da gripe até o dia 13 de março. Neste período, o Rio de Janeiro apresentou crescimento de síndrome respiratória aguda em todas as faixas etárias.

Coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes destaca que os país vive dois cenários diferentes, que precisam de “bastante atenção”. Um deles é a volta da Covid-19, que vem gerando um aumento de internações e atingindo um número maior de estados, e o outro é referente a casos de SRAG em crianças e adolescentes. “Em fevereiro, verificamos um aumento muito expressivo de internações por SRAG, semana após semana nessas faixas etárias. No mês de março, em alguns estados, há uma estabilização ou já um início do processo de queda nos adolescentes. No entanto, nas crianças pequenas voltou a aumentar. Estava começando a estabilizar e voltou a crescer principalmente nos estados da metade Sul do país”, alertou o pesquisador, enfatizando a importância da vacinação nesses públicos.

Em Petrópolis a situação não é diferente. Dados do painel epidemiológico mostram que até o dia 24 de março, havia na cidade 519 casos confirmados de covid 19. Houve aumento de 21 casos, em dois dias, se comparado com os números registrados no município até o dia 22 de março, quando foram confirmados 458 casos. Com isso foram geradas 9 internações até o dia 24, uma a mais se comparado com até o dia 22 de março, quando o painel apresentava 8 internações.

Ainda segundo o painel, atualmente há 164 casos ativos, e até o dia 22 eram 199 deste mês. A redução foi de 35 casos. Foram notificados 1.615 casos de covid 19 na cidade até o dia 24 de março. Destes, 1.091 foram negativados. Cinco casos estão em análise e nenhum óbito foi registrado.

Já no Rio de Janeiro, os dados laboratoriais sugerem que o aumento dos casos, na população adulta ou idosa é decorrente do vírus sars-cov-2 com casos eventuais de influenza a e b. Em nível nacional, nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 3% para influenza a; 3,3% para influenza b; 32,1% para vírus sincicial respiratório e 48,6% para sars-cov-2. Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 4,8% para influenza a; 2,2% para influenza b; 4,8% para VSR; e 83,3% para sars-cov-2.

“O VSR é sempre uma preocupação importante para crianças pequenas, pelo grande volume de internações que ele causa. Porém, na população acima de 65 anos, também é um vírus que merece atenção tanto pelo risco de internação quanto para óbito. Por isso, é fundamental que esse público também seja testado para esse vírus quando há internação por problema respiratório, para evitar subnotificação”, explica Gomes.

Foto: Agência Brasil

Related posts

Estácio Petrópolis promove Semana Nacional dos Cursos com muito conhecimento, inovação e conexão com o mundo profissional

Menos de duas horas após denúncia feita ao Linha Verde, UPAm Três Picos flagra crime ambiental em Itaipava 

Equipes do Samu são mobilizadas para salvar bebê de apenas sete dias de vida