Depois da polêmica envolvendo a líder do Psol na Câmara Municipal, vereadora Júlia Casamasso, que representa a Coletiva Feminista, por não ter participado da votação pela indicação do Conselho Municipal da Diversidade Sexual, o Psol Petrópolis publicou uma nota “Em defesa das políticas de diversidade e contra qualquer tipo de opressão!”.
Júlia foi duramente criticada pela militância LGBTQIA+ na cidade, nas redes sociais alegavam que a vereadora havia se ausentado propositalmente do plenário por não apoiar a causa. A indicação do vereador Léo França (PSB) foi votada na última quarta-feira (29), e foi aprovada com sete votos. Embora tenha participado da sessão no dia, Júlia se ausentou durante o período da votação da matéria.
Na nota, o Psol manifestou “total apoio às iniciativas que valorizem que a diversidade e os direitos da população LGBTQIA+”, e disse que o partido é atuante na causa em Petrópolis, lembrando projetos que foram propostos e aprovados durante o mandato de Yuri Moura na Câmara, que agora atua como deputado na Alerj.
A nota, no entanto, não faz menção aos relatos da vereadora no plenário, quando disse que estava sofrendo ataques de “fake news” nas redes sociais. Júlia e a Coletiva Feminista iniciaram o mandato em fevereiro deste ano, na cadeira antes ocupada por Yuri, tentando amenizar uma crise provocada por uma rachadura interna do grupo. Na ocasião, as integrantes que deixaram o grupo afirmaram que entre as questões que geraram a divisão estava a divergência de opiniões sobre o feminismo transinclusivo. A Setorial LGBTQIA+ do Psol RJ também publicou uma nota, repudiando a atitude da Júlia, e confirmando as alegações das duas ex-integrantes.
Em resposta, a assessoria de comunicação de Julia Cassamasso enviou uma nota ao jornal: “sobre a votação da indicação legislativa do Conselho da Diversidade: O mandato Coletiva Feminista Popular já manifestou sua posição através da sua representante na Câmara Municipal, Júlia Casamasso, na sessão de 04/04/2023. Não votamos contra a indicação legislativa e não nos abstivemos. Como já comunicamos repetidas vezes, a indicação não estava na ordem do dia, entrou para ser votada em regime de urgência e solicitaram inversão da sessão, adiantando ainda mais a votação. Infelizmente, a parlamentar, única de nós que pode votar nas sessões, não estava presente, pois estava cumprindo agenda externa. Tanto no dia da votação como depois, estivemos em diálogo com os movimentos que levaram a pauta até a Casa Legislativa. Reforçamos nosso compromisso com o programa que foi eleito em 2020, de gabinete aberto a todas as trabalhadoras, trabalhadores e movimentos sociais, e nas ruas para garantir direitos a todas as minorias da cidade”.
Fotos: arquivo