Após a recente tragédia registrada no dia 05 de abril em Blumenau, em Santa Catarina, onde um homem invadiu uma creche, matou quatro crianças e feriu pelo menos outras três. O Ministério da Justiça e Segurança Pública decidiu investir R$ 150 milhões patrulhamento escolar.
De acordo com o ministro da pasta, Flávio Dino, o valor foi destinado a estados e municípios que detêm a competência constitucional para fazer o patrulhamento ostensivo. E apesar do patrulhamento pelas escolas, em Petrópolis, alguns pais e responsáveis, tosador e adestrador Walace Almeida, optaram por não deixar os filhos irem as aulas nesta segunda-feira (10). Isso porque grupos de compartilhamento de mensagem pela internet receberam no último sábado (08) supostas ameaças de ataque nas escolas da cidade a partir desta segunda-feira (10). Entre os alvos, estariam escolas na Região do Bingen e do Centro da Cidade. “Eu realmente como pai estou sem saber o que pensar, sinceramente! É um assunto grave e precisamos de uma resposta urgente por parte do poder público. Por enquanto meus filhos vão ficar em casa, e depois decidiremos o que será feito em relação as faltas. Enquanto eu não sentir essa segurança para meus filhos ficarem dentro das salas de aula, eu prefiro que eles fiquem em casa”, explicou o tosador
Walace Almeida explicou ainda que a atitude não partiu só dele, mas que os dois filhos dele também estão receosos de voltar para as salas de aula mesmo em época de prova. “Eu precisei indagar as diretoras das escolas dos meus filhos para entender o que estava acontecendo. Quando eu cheguei nas unidades, não haviam muitos alunos pelo local, dava para ver que muita gente também faltou. Quero que meus filhos tenham segurança, no caminho até a escola eu posso proporcionar isso à eles, mas eles precisam estar bem dentro do colégio, e quem pode me garantir isso? Quem pode me garantir que não há pessoas com objetos que podem comprometer a vida deles?” indagou Walace.
O 26° Batalhão informou que a unidade está ciente e o policiamento foi intensificado nas escolas citadas nas mensagens que circulam nas redes sociais. Além disso, a unidade está em contato direto com as secretarias municipal e estadual de educação.
Já a prefeitura, informou que vem traçando estratégias de curtíssimo, curto, médio e longo prazos para garantir a segurança nas escolas da cidade, e que outras ações de promoção da segurança escolar vão ser anunciadas nos próximos dias pela prefeitura, envolvendo todo o governo municipal.
A Secretaria de Estado de Educação informou ainda que tomou conhecimento da denúncia e a unidade está acionando as Polícias Militar e Civil, além do Conselho Tutelar. A secretaria disse também que a direção das unidades escolares estão orientadas quanto ao emprego dos protocolos de segurança.
Já em Teresópolis, a prefeitura também informou que estão sendo realizados reforços na segurança das escolas. E que embora existam boatos de possíveis ataques, nenhum risco foi confirmado até o momento. Mas as forças de segurança estão em alerta, realizando rondas, com equipes vinculadas à Guarda Civil Municipal.
Além das rondas escolares realizadas no Estado do Rio de Janeiro, na última semana o governador Cláudio Castro anunciou a criação de um Comitê Permanente de Segurança Escolar, com representantes de vários órgãos do governo e entidades civis. O objetivo deste comitê é implantar ações para identificar e evitar situações de violência nas escolas.
Por Gabriel Faxola/Imagens: Thiago Alvares e Wendel Fernandes