Oncologista do CTO esclarece dúvidas sobre o câncer de esôfago

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam 10.990 casos de câncer de esôfago a cada ano do triênio 2023 -2025, o que corresponde ao risco estimado de 5,07 por 100 mil habitantes. Sem considerar os tumores de pele não melanoma, a doença ocupa a 13ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes no país.

Neste mês de abril, de conscientização sobre o câncer de esôfago, a oncologista do Centro de Terapia Oncológica de Petrópolis, Ingrid Moura responde algumas perguntas sobre a doença, que tem entre suas principais causas: o tabagismo e o consumo excessivo de álcool.

Veja perguntas e respostas

1)   Quais são as causas do câncer de esôfago?

Além do tabagismo e etilismo (o risco é ainda maior quando associado ao tabagismo), temos ainda a doença do refluxo gastroesofágico (leva ao chamado esôfago de Barrett, uma lesão pré-maligna, que acomete o esôfago inferior) e obesidade (que favorece a doença do refluxo).

2)  Quais são os principais sintomas?

Dor ou dificuldades para engolir, sensação de entalo, azia, perda de peso e perda do apetite, anemia, sangramento (fezes escuras), vômitos, rouquidão, soluços persistentes, tosse crônica.

3)  Como é a incidência por gênero da doença?

A incidência é cerca de três vezes maior em homens do que em mulheres.

4)  Como prevenir o câncer de esôfago?

Evitar todos os fatores de risco, principalmente parar de fumar e evitar o consumo de bebida alcoólica, manter o peso corporal adequado, tratar a doença do refluxo gastroesofágico e evitar o consumo de bebidas quentes em excesso.

5)  O câncer de esôfago tem cura?

As campanhas de conscientização sempre têm como objetivo lembrar à população a importância do diagnóstico precoce. Todos os tumores quando identificados no início têm maior chance de cura. 

6) Como é feito o tratamento?
O tratamento do câncer de esôfago pode incluir cirurgia, quando o tumor é identificado em sua fase inicial. Quando ele está localmente avançado, indicamos radioterapia junto a quimioterapia e, depois, a cirurgia. Já nos casos metastáticos, a orientação é para quimioterapia e imunoterapia. 

Related posts

Estácio Petrópolis promove Semana Nacional dos Cursos com muito conhecimento, inovação e conexão com o mundo profissional

Menos de duas horas após denúncia feita ao Linha Verde, UPAm Três Picos flagra crime ambiental em Itaipava 

Equipes do Samu são mobilizadas para salvar bebê de apenas sete dias de vida