Petrópolis receberá evento voltado para pessoas com doença celíaca

A doença celíaca ocorre quando as células de defesa imunológica agridem as células do organismo, o que ocasiona em um processo inflamatório. Esta inflamação é provocada pela ingestão de glúten, uma proteína presente no trigo, na cevada e centeio.

Estima-se a prevalência mundial da doença celíaca em 1% da população. De acordo com uma revisão sistemática e meta-análise publicada em 2018, a doença é considerada um problema de saúde pública global.

Como forma de propagar informações importantes sobre esta condição, no dia 06 de maio Petrópolis receberá o 2° Encontro da Associação dos Celíacos do Brasil (ACELBRA). Ele será realizado no Promenade Country Club, em Nogueira. “Vão ter expositores, comidas seguras para o público celíaco, oficinas para crianças, palestras maravilhosas. O mais legal disso tudo é que qualquer pessoa pode se inscrever e entrar no evento. Queremos muita troca de informação, será um paraíso”, disse a presidente da ACELBRA-RJ, Suzane Boyadjian.

Maio é considerado o mês nacional do celíaco. E a campanha que a ACELBRA propõe para este ano é: “Já passou da hora de levar a sério a doença celíaca”. O objetivo é trazer um debate sobre a importância de um olhar para a alimentação e nutrição dos celíacos. A presidente da ACELBRA-RJ, Suzane Boyadjian, por exemplo, descobriu que possuía a doença celíaca em 2007 em decorrência de uma anemia. “Quando eu fui diagnosticada eu fiquei em pânico! Na época ninguém sabia nem o que era glúten. Então meu médico gastroenterologista falou sobre a doença celíaca, e me indicou a associação, o que foi muito importante para eu entender sobre o que se tratava. Desde então, após meu cadastro eu cortei o glúten da minha vida e melhorei 100%”, explicou ela.

Suzane acredita ainda que apesar de existir estudos e pesquisas que comprovem a seriedade do assunto, a doença celíaca ainda não possui visibilidade necessária. “A gente não pode viver em uma bolha, o celíaco trabalha e precisa sair de casa! A gente acaba brincando falando que o celíaco é um marmiteiro, porque estamos acostumados a andar com nossa própria alimentação. Mas o que nós queremos é estar com as pessoas, amigos e nossa família”, indagou Boyadjian.

E para quem acredita que a doença é recente, há relatos da doença descritos na Grécia Antiga por Areteu da Capadócia e no século XIX, por um médico chamado Mathew Baillie. Naquele período, as pessoas ficavam desnutridas e acabavam falecendo por complicações.

O tratamento da doença celíaca é feito a partir de uma dieta que evite alimentos que contenham o glúten, o que torna essencial o acompanhamento de um nutricionista. De acordo com Juliana Schaefer, profissional na área, um dos costumes essenciais para os celíacos continuarem mantendo a saúde em dia é checar as embalagens de cada produto que deseja consumir. “A pessoa tem que ter essa atenção, é primordial. O nutricionista é responsável por fazer a orientação de como ler e como ele pode identificar se esse produto tem ou não glúten”, articulou Juliana.

A nutricionista Juliana Schaefer acredita que uma das coisas que facilita a identificação dos produtos são as legislações a favor da causa. “Existem duas legislações, a lei n° 10.674/03, que obriga a que os produtos alimentícios comercializados informem sobre a presença de glúten, como medida preventiva e de controle da doença celíaca; e também agora uma Resolução da Diretoria Colegiada foi criada, n° 216, que foi criada para alérgicos que vai dizer não só se contém glúten, mas também dirá se há traços de glúten. Os traços indicam que apesar daquele produto não ter o alergênico como ingrediente do preparo, ele pode ter sido plantado, manuseado, estocado ou produzido em ambiente que também passou aquele alergênico. É essencial que essas informações estejam no rótulo, para saber se o produto é seguro ou não para consumo”

O evento é gratuito e abaixo você encontra mais informações do que será disponibilizado para os participantes:

  1. Exposição/Feira: exposição de diversos produtos seguros para os celíacos para conhecimento, degustação e aquisição por parte dos visitantes.
  2. Palestras sobre temas relacionados à doença celíaca ministradas por convidados especialistas em diversas áreas, e
  3. Oficina culinária infantil onde as crianças participarão de atividades divertidas e educacionais.

E-mail contato: faleconosco.acelbrarj@gmail.com – inscrições pelo site: https://doity.com.br/acelbrasobeaserra

Por Gabriel Faxola/Imagens: Marlus Renatto

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