O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro instaurou, nesta semana, um inquérito civil, para apurar as condições da frota emergencial utilizada em substituição aos ônibus danificados por um incêndio na garagem da Petro ita e Cascatinha, na madrugada do dia 9 de maio. No incêndio, parte da frota, que atende 40% das linhas de ônibus em Petrópolis, foi afetada. Ao todo, 74 veículos foram atingidos, com perda real de 48 coletivos, segundo dados divulgados pela Prefeitura.
A promotoria expediu um ofício à Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans), para que remeta, no prazo de cinco dias, um relatório circunstanciado da frota utilizada em caráter emergencial pelas empresas, com indicação das condições de segurança e conforto, bem como idade dos veículos.
A promotoria requereu ainda informações sobre a contratualização dos veículos, esclarecendo se é pública ou privada; e, ainda, informações sobre o (re)arranjo das linhas atendidas pelos veículos incendiados, com horários, frequência, e alterações de percurso, entre outros dados.
As quebras dos ônibus que vieram para reforçar a frota são registradas desde o primeiro dia de operação. Logo no dia 9, um coletivo da viação Master foi flagrado durante uma transmissão ao vivo da TV Correio da Manhã, sendo rebocado na Rua Coronel Veiga.
Na última segunda-feira, um outro coletivo, também da empresa Master, quebrou no Independência. Nas redes sociais, viralizou a imagem de uma pane em um dos carros dentro do Terminal Centro. O coletivo chegou a ser empurrado por funcionários.
No dia 12 de maio, a Prefeitura divulgou que cobrava das empresas boas condições dos veículos substitutos. No entanto, o coletivo da foto divulgada junto à nota era de 2008, segundo o site do Detran. Conforme resolução da CPTrans, este veículo só poderia rodar por 11 anos.
Procurado, o Setranspetro não retornou o contato até o fechamento. A CPTrans informou que o sistema de transporte público opera de forma emergencial desde o incêndio, com horários e itinerários adaptados. Afirmou ainda que mais da metade da frota perdida já foi reposta, também de maneira emergencial.
Ainda segundo a companhia, o governo municipal se reúne com todos os atores envolvidos, além das reuniões do gabinete de crise.
Por MPRJ/Foto: rede social