Corpo de Bombeiros notifica todas as empresas de ônibus em Petrópolis

Todas as cinco empresas de ônibus que operam no transporte público em Petrópolis foram notificadas pelo Corpo de Bombeiros por não cumprirem as normas de segurança contra incêndio e pânico. Na semana passada, os Bombeiros fizeram uma vistoria em garagens e oficinas de empresas de ônibus em todo o estado para verificar o cumprimento das normas, cinquenta e cinco locais foram notificados.

Em Petrópolis, além da garagem da Petro Ita e Cascatinha, na Rua Coronel Veiga, onde ocorreu um incêndio no dia 09 de maio, quando foram destruídos mais de 70 ônibus, há outras três empresas em operação. A Cidade das Hortênsias, cuja garagem fica localizada no Carangola; Cidade Real, que fica localizada na Estrada da Independência; e Turp, que fica na BR-040, em Itaipava. 

Nesta semana, o Correio Petropolitano mostrou a preocupação de moradores do entorno da garagem da Petro Ita e Cascatinha. O professor Rodrigo Boaventura, vizinho, disse à reportagem que só após o incidente se deram conta do risco que as garagens podem oferecer. “A garagem fica em um local muito urbano, é importante salientar que na Rua Coronel Veiga há duas garagens de ônibus. Uma apenas responsável por guardar os veículos, mas na outra, tem um posto de gasolina dentro da garagem, agora imagina se o incêndio acontecesse nesta garagem mais antiga. Por lá, a vizinhança é ainda mais próxima, com prédios e postos de gasolina. Agora imagina a grande catástrofe se os ventos estivessem fortes e as brasas chegassem ao posto”, finalizou Rodrigo.

Todas as edificações e áreas de risco no estado devem funcionar de acordo com as normas do Código de Segurança  contra Incêndio e Pânico do Corpo de Bombeiros, que vão desde a disponibilização de aparelhos extintor, hidrante urbano, plano de emergência contra incêndio e pânico e brigada de incêndio. 

A reportagem do Correio apurou que em toda extensão da Rua Coronel Veiga até o local do incêndio não há hidrante urbano. No dia do incêndio, além de caminhão pipa, os bombeiros utilizaram água de piscina de residências próximas para controlar as chamas. Na ocasião, os militares informaram que tiveram dificuldade no combate devido a falta de sistema preventivo no local, e ressaltou que o procedimento de uso de água de piscina é normal por ser uma fonte de captação de água. 

O Correio Petropolitano questionou o Setranspetro, mas até o fechamento desta edição não houve resposta. 

Por Luana Motta/Foto: TVC

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