A Prefeitura de Petrópolis anunciou ontem (19) que a Companhia de Desenvolvimento (Comdep) iniciou a coleta de resíduos domiciliares com mão de obra própria. Segundo o município, os trabalhadores são qualificados para o serviço, que segue o modelo realizado na cidade do Rio de Janeiro pela Comlurb. Uma contratação emergencial foi feita, com prazo de 180 dias ou até a conclusão do processo licitatório, paralisado pela justiça.
Essa contratação tem sido acompanhada pela Câmara de Vereadores. “Estamos acompanhando o serviço e verificando como se deu a contratação emergencial da empresa. É importante garantir que a coleta seja realizada sem interrupções, assim como a destinação correta dos resíduos e que os princípios legais de contratação pública sejam cumpridos”, afirmou o vereador Hingo Hammes
Nesta quarta-feira, terminou o contrato com o consórcio Limp Serra, que até então, era responsável pela coleta de lixo no município. As ruas amanheceram cheias de lixo e a Comdep precisou utilizar retroescavadeira e caminhão caçamba em ruas do Centro, como Imperador e Paulo Barbosa. Moradores também precisaram agir por conta própria.
“Pegamos a vassoura e encostamos o lixo no poste. Mas, logo depois, vieram recolher e recolheram rapidamente”, contou o aposentado Paulo Simas, que ajudou aos lojistas na Rua do Imperador.
No início da tarde, as ruas principais do Centro, como Imperador e Paulo Barbosa, já tinham recebido a limpeza. No entanto, as ruas Joaquim Moreira e Travessa Prudente Aguiar ainda acumulavam sujeira.
“Nas principais, já foram recolhidos os lixos e aqui na Prudente Aguiar ainda está faltando. Ainda não passaram por aqui. Aqui necessita muito, são muitas lojas e açougue”, reclamou o porteiro Isidório Vieira.
A Comdep tenta três licitações, que foram suspensas pela 4ª Vara Cível e pelo Tribunal de Contas. A primeira contrata caminhões e equipamentos. Outra, prevê o transporte e tratamento de resíduos hospitalares. E uma terceira é para o transbordo e destinação final dos resíduos urbanos para aterros de Belford Roxo, Três Rios e Nova Iguaçu. Todos os contratos teriam validade de doze meses.
Em relação a paralisação das licitações pela Justiça, a Prefeitura disse que “tem a certeza que o bom senso vai prevalecer”, tanto por parte da 4ª Vara Cível quanto do Tribunal de Contas do Estado.
Por Wellington Daniel