Infectologista Luís Arnaldo Magdalena explica sobre a doença
A dengue continua sendo um caso preocupante em várias regiões. Em Petrópolis, já são 727 casos registrados somente em fevereiro deste ano. No início deste mês, a Prefeitura decretou Emergência de Saúde Pública visando uma resposta ágil às ações de combate à dengue.
Do dia 24 de fevereiro, Petrópolis registrou a primeira morte por dengue. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o paciente, um homem de 40 anos, chegou em estado grave na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cascatinha e foi transferido para uma unidade de CTI, mas não resistiu.
Sintomas
De acordo com o médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis, Luís Arnaldo Magdalena, a dengue é uma doença febril aguda, podendo registrar de 38 a 40º graus em torno de 3 a 5 dias.
“Os principais sintomas da doença são: febre alta, dor no corpo, dor de cabeça e, em alguns casos, pode causar diarreia. Já nos casos mais graves, a dengue pode gerar enjoos, pressão baixa, manchas vermelhas pelo corpo e vômito”, explica.
Nestes sintomas mais agravantes, o médico explica que o paciente deve procurar tratamento médico e ser monitorado.
“São sintomas que podem piorar e causar o óbito. São sinais de alerta que essa dengue pode se tornar algo mais grave, sendo assim, o paciente deve ser conduzido de forma adequada, para que não piore mais. Os óbitos são normalmente causados por demora no tratamento adequado ou no atendimento médico”, diz o infectologista.
Prevenção
O médico destaca que a melhor forma de prevenir a dengue é controlando a proliferação do mosquito transmissor. Ou seja, evitando água parada nos vasos de planta, água empossada nas ruas e bueiros.
“O mosquito se cria e voa em torno das residências que não cuidam da água parada. Tomar estes cuidados é essencial para a redução de casos e, também, o uso de repelente se torna extremamente necessário nesta fase de epidemia”, ressalta.
Vacina
Segundo o infectologista, a vacina é importante na medida em que ela previne a ocorrência de casos graves, reduz o número de internações e complicações relacionadas a dengue.
“Já existia a vacina para a dengue, mas a vacina antecedeu essa nova, ela só poderia ser tomada por pessoas que já tiveram a doença, então isso diminuía muito a procura. Agora tem a vacina mais recente, liberada para o uso em 2023 no país, que é uma boa forma de prevenção e está disponível para pessoas de 4 a 60 anos”, finalizou o médico.