Moradores e empresários de Itaipava que aguardam a conclusão da obra de pavimentação da Rua Agante Moço, em Itaipava, foram surpreendidos pelo novo prazo para sua conclusão. Iniciada em 29 de abril, com previsão de estar pronta em 120 dias, a intervenção de alargamento da pista e adequação à circulação de veículos não ficou pronta no prazo. Essa semana, a prefeitura “resolveu” a questão: dilatou o período para a sua conclusão, colocando na placa informativa da obra um novo prazo, agora de 240 dias. O UNITA, Unidos por Itaipava, movimento empresarial constituído para cobrar ações, serviços e obras para o distrito, está oficiando a prefeitura cobrando explicações.
Pelo novo prazo, a obra fica pronta dia 25 de dezembro. “É a promessa de um presente de Natal, mas tememos que não seja entregue mais uma vez no prazo estabelecido”, afirma Alexandre Plantz, presidente do UNITA. A obra que chegou a avançar entre maio e junho acabou sendo abandonada depois, sem movimento de máquinas e operários. “É notória a lentidão e a falta de explicações”, completa.
“A pauta de luta do UNITA é exatamente essa: que Itaipava deixe de ser relegada a segundo plano pelo tanto que o distrito significa para a economia da cidade. Não queremos obras abandonadas, falta de atenção e cuidado”, afirma Fabrício Santos, secretário do UNITA.
Os empresários que lideram o movimento apontam que apenas a pavimentação da Agante Moço não garante solução para fluidez do trânsito na União e Indústria. Eles temem que novos gargalos nas entradas da via sejam formados para seu acesso e, depois, para o desemboque na rodovia principal. Outras intervenções deveriam caminhar passo e passo com a intervenção na Agante Moço como a construção de uma ponte atrás do Hortomercado Municipal e a duplicação da ponte de Bonsucesso.
Essas e outras soluções estão pontuadas em estudo que a prefeitura contratou junto à Coppe/UFRJ, apresentado em fevereiro. O levantamento das propostas de especialistas indica a construção de pontes, alterações na geometria do trevo de Bonsucesso, criação de retornos, duplicação de pontes já existentes e melhorias no retorno que fica na altura do terminal rodoviário, em frente ao Supermercado Bramil.
“As soluções existem e foram avalizadas por especialistas. Itaipava quer que este estudo seja tirado do papel e colocado em prática. O trânsito impacta na qualidade de vida do morador, do trabalhador e do turista. Sabemos que os projetos não são executados de forma imediata, mas o que ocorre hoje com a Agante Moço é o que não pode acontecer: prazos dilatados e uma obra que depende de outras intervenções para funcionar”, pontua Fabrício Santos.
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