Especialistas da RadioSerra Radioterapia publicam estudo na Sociedade Americana de Oncologia de Radiação sobre a relação do tabagismo e o tratamento do câncer

Anualmente a equipe de radio-oncologistas acompanha pesquisas sobre tratamentos com radioterapia para o câncer debatidos mundialmente

O impacto do tabagismo em pacientes em tratamento radioterápico de câncer de pulmão. Esse foi o objeto do estudo da equipe médica da Clínica RadioSerrra Radioterapia, publicado pela Sociedade Americana de Oncologia de Radiação (ASCO). A pesquisa que envolveu uma equipe de 14 médicos radio-oncologistas e estudantes de medicina foi realizada ao longo de 22 meses, com 211 pacientes, que mesmo em tratamento, mantiveram o uso do cigarro. Os resultados apontam a interferência negativa na sobrevida dos pacientes e aumento da toxicidade pulmonar. 

O estudo tem como objetivo avaliar a sobrevida global e identificar preditores prognósticos significativos entre pacientes com câncer de pulmão. A análise leva em consideração que o câncer de pulmão continua sendo a principal causa de mortalidade relacionada à doença em todo o mundo. De acordo com os especialistas, neste cenário, a radioterapia vem desempenhando um papel fundamental no tratamento, no entanto, tendo a sobrevida afetada por diversos “fatores clínicos, demográficos e dosimétricos”. 

“Fatores como idade avançada, estágio clínico da doença, presença de comorbidades e, especialmente, o tabagismo ativo durante o tratamento, têm impacto direto nos resultados terapêuticos”, destacou o médico radio-oncologista Dr. Daniel Przybysz, que este ano acompanhará novamente o congresso da ASCO, realizado na Califórnia, reunindo especialistas para debater os avanços para o tratamento e cura do câncer.

O estudo mostra que pacientes com a doença em estágio mais avançado, que mantiveram o hábito do tabagismo ao longo do tratamento, apresentaram maior criticidade de toxicidade pulmonar induzida por radiação. 

“Os dados reforçam o que já percebemos na prática clínica: o tabagismo é um fator agravante não apenas para o surgimento do câncer, mas também para a eficácia e segurança do tratamento. Nosso objetivo com o estudo foi quantificar esse impacto e ajudar na tomada de decisões clínicas mais precisas”, explica a médica radio-oncologista Dra. Marina Costa, uma das autoras do trabalho.

O estudo estará disponível, a partir do mês de maio, no site ASCO Publications (https://ascopubs.org/).

O tabagismo é o principal fator para o câncer de pulmão
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o cigarro é o fator de risco mais importante para o desenvolvimento do câncer de pulmão. De acordo com as últimas estimativas do instituto (2023), é o terceiro mais comum em homens e o quarto em mulheres no Brasil, exceto o câncer de pele não melanoma. A doença é a primeira em todo o mundo em incidência entre os homens e a terceira entre as mulheres.

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