Professor Gabriel Santana investiga os efeitos da prática musical no desenvolvimento cognitivo dos alunos

Teoria é aplicada na prática e gera resultados impressionantes em sala de aula na Escola de Música Santa Cecília

O professor Gabriel Santana tem dedicado sua trajetória profissional a muito mais do que ensinar notas, escalas e partituras. Com uma formação sólida e múltiplas especializações na área da música e da educação, ele transforma suas salas de aula na Escola de Música Santa Cecília em espaços de desenvolvimento humano. “Minha missão é ensinar com amor. Acredito que só o amor é a resposta”, afirma o educador, que alia experiência prática ao aprofundamento teórico sobre os impactos da música na cognição de seus alunos.

Licenciado em Música e pós-graduado em Educação Musical, Arranjo e Educação de Jovens e Adultos, Gabriel segue em constante formação. Atualmente cursa Bacharelado em Violão Erudito e uma pós-graduação em Composição. Seu interesse pelos efeitos da música no cérebro surgiu da necessidade de responder, de forma embasada, às dúvidas de seus alunos: “Percebi que eles buscavam entender os reais benefícios da prática musical. Então resolvi transformar isso em pesquisa”, relata.

Seu trabalho de conclusão de curso na pós-graduação focou nos impactos da música em quatro áreas do desenvolvimento humano: cognitivo, psicomotor, interpessoal e afetivo-emocional. “É um projeto que agora pretendo aprofundar em um futuro mestrado”, adianta.

A observação cotidiana dos alunos alimenta suas reflexões acadêmicas. Gabriel explica que aspectos como atenção, memória, raciocínio lógico e percepção são constantemente estimulados durante as aulas de instrumento. “Mesmo nos exercícios mais simples, o aluno precisa manter o foco, ouvir com atenção, ler partituras, pensar no ritmo e movimentar o corpo de forma coordenada. Isso tudo desenvolve, naturalmente, habilidades cognitivas essenciais.”.

Além da cognição, o professor também enxerga a prática musical como um fator importante para a autonomia, a autoconfiança e o equilíbrio emocional dos alunos. “A música exige entrega e dedicação. Os estudantes percebem suas evoluções, aprendem a lidar com desafios, desenvolvem foco e constroem autoestima a partir das próprias conquistas”, explica.

Gabriel também destaca como o ensino musical pode ser um complemento poderoso para alunos que já atuam em outras linguagens artísticas, como dança, teatro ou artes visuais. “O estudo da música intensifica o uso das memórias de curto e longo prazo, estimula o raciocínio lógico e ainda fortalece a expressão emocional”, afirma.

A ligação entre emoção e razão é, para ele, uma das grandes riquezas da música. “Cada aluno reage à música de forma única. Alguns buscam a técnica e a precisão; outros se permitem explorar os sentimentos. O mais importante é entender que essas dimensões não se anulam, mas se complementam.”.

Sobre os desafios de unir sensibilidade artística e pensamento lógico, Gabriel é enfático: “É preciso mostrar aos alunos que essas duas forças cooperam para um mesmo fim. Quando conseguimos unir razão e emoção, o aprendizado se torna muito mais potente.”.

Entre as histórias marcantes de sua trajetória, ele guarda com carinho o relato de um aluno que via nas aulas de música uma forma de escapar dos problemas de casa. “Aquilo me mostrou que estou no caminho certo. A música não é só conteúdo, ela é refúgio, ferramenta de transformação e encontro com a própria identidade.”.

Janine Meirelles, presidente voluntária da Escola de Música Santa Cecília, destaca a importância de iniciativas como a de Gabriel Santana: “Professores que se dedicam à pesquisa e à busca por inovações contribuem diretamente para o fortalecimento da nossa instituição. Isso se reflete na qualidade do ensino e, principalmente, no desenvolvimento dos nossos alunos. Ter educadores comprometidos com o conhecimento é um dos nossos maiores orgulhos.”.

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