Equipamentos foram entregues pelo Governo do Estado em evento no Museu do Amanhã
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) promoveram, no dia 22 de maio, Dia Internacional da Biodiversidade, a entrega de 480 câmeras para o monitoramento da fauna silvestre, iniciativa para a atualização da Lista da Fauna Ameaçada, que não é revisada há 27 anos. O evento ocorreu no Museu do Amanhã, Zona Portuária do Rio. De acordo com o Inea, cada cidade da Região recebeu de duas a cinco câmeras, havendo inclusive a possibilidade do revezamento do uso dos equipamentos entre as UCs. Além disso, a cerimônia marcou o lançamento do primeiro Atlas das Unidades de Conservação (UCs) municipais.
A Prefeitura de Teresópolis, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (SMMA), esteve presente na comemoração do Dia Internacional da Biodiversidade. O subsecretário José Kalil destacou a importância das câmeras, destinadas ao monitoramento da fauna do Parque Natural Municipal Montanhas de Teresópolis.
“Participamos deste evento importante, onde reforçamos nossa parceria com o Governo do Estado na área ambiental, sempre com o apoio incondicional do nosso secretário de Meio Ambiente, Bernardo Rossi. Essas câmeras são essenciais para o monitoramento da biodiversidade do nosso PNMMT, uma das maiores unidades de conservação municipal do Estado, com mais de 5.300 hectares de área preservada. Isso nos permitirá ampliar as pesquisas sobre a fauna da unidade”, afirmou o subsecretário.
O secretário do Ambiente, Bernardo Rossi, citou que o evento reforça o compromisso com a preservação da fauna e flora e a valorização dos recursos naturais. Para Rossi, a data simboliza a importância de ações para proteger a biodiversidade. “A tecnologia está a serviço da biodiversidade. Com as câmeras, conseguiremos dados mais precisos sobre as espécies que habitam nossas matas. A preservação da biodiversidade não é uma opção. É uma necessidade estratégica para o presente e o futuro do estado”, afirmou.
Durante o encontro foram apresentados e discutidos projetos estratégicos da Secretaria Estadual de Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) e do INEA. Incluindo ações para combater o desmatamento ilegal, como o Programa “Olho no Verde”, que contou com a assinatura de Termos de Adesão pelos municípios.
Plano de Ação
Todos os municípios fluminenses receberão câmeras para o monitoramento dos animais. O levantamento e o monitoramento da fauna silvestre no estado são partes integrantes da Estratégia e Plano de Ação Estadual para a Biodiversidade do Rio de Janeiro, visando ações para conservação da biodiversidade do estado no horizonte entre 2025 e 2030.
Segundo o Governo do Estado, a previsão é que o Livro da Fauna Ameaçada fique pronto em até dois anos. Por meio de edital público, uma empresa será contratada para a análise e a organização dos dados. Mais de 1.300 espécies de animais vertebrados já foram identificadas na Mata Atlântica, que também é considerado um dos ecossistemas mais ameaçados no planeta. Dessas, aproximadamente 620 são espécies de aves, 200 de répteis, 280 de anfíbios e 260 de mamíferos, como a onça parda e o mico-leão-dourado, hoje ameaçados de extinção.
Primeiro Atlas das UCs
O Atlas das Unidades de Conservação (UCs) municipais do Estado do Rio de Janeiro é o primeiro livro sobre as áreas protegidas e reúne informações sobre as mais de 400 UCs. O levantamento dos dados foi feito em parceria com as prefeituras municipais por meio de um censo realizado entre os anos de 2019 e 2022. Houve também a contribuição do Programa de Apoio às Unidades de Conservação (ProUC), da Secretaria do Ambiente.
“Cada capítulo traz um panorama sobre os nossos municípios, incluindo características geoambientais, informações sobre a biodiversidade local, dados sobre o uso público das áreas e aspectos da diversidade socioambiental. O atlas é uma ferramenta estratégica para gestores públicos, além de fortalecer a gestão ambiental e apoiar políticas públicas voltadas à proteção dos ecossistemas”, destaca o presidente do Inea, Renato Jordão.
Foto: Ascom/Inea