O ex-presidente Jair Bolsonaro deu os primeiros passos para colocar o seu fiel escudeiro, o empresário Renato Araújo, como pré-candidato a vice-governador do Estado do Rio de Janeiro, na chapa do deputado e presidente da Alerj Rodrigo Bacellar.
Araújo foi candidato a prefeito de Angra com o apoio total do ex-presidente, aliás, o único candidato declaradamente de Bolsonaro. Ele não foi eleito por pouco, enfrentando uma máquina pública pesada na cidade. Hoje esta derrota está sendo vista como uma ação divina, já que voos maiores estavam sendo reservados para ele.
Após ser sacramentada a indicação de Renato Araújo, isso significará a entrada de Bolsonaro na campanha de 2026 no Rio de Janeiro, com o objetivo maior de derrotar Eduardo Paes na disputa pelo Guanabara.
O candidato da família Bolsonaro no Rio sempre foi o ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, mas que está inelegível. A leitura é que não será mais possível esperar com o processo sucessório antecipado, inclusive com a saída de cena do vice-governador Thiago Pampolha.
Na prática, a Federação União/Progressistas fica com a cabeça da chapa, com Rodrigo Bacellar, o PL com a indicação dos dois candidatos do Senado e a vice, na cota pessoal do ex-presidente Bolsonaro.
HORA DE UNIÃO – O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, que dedica uma atenção especial ao Rio, estado no qual será candidato a deputado federal, aceitou o nome de Renato Araújo e considera positivo este alinhamento.
Sobre a reação do deputado Sóstenes Cavalcante à atual movimentação política fluminense, Rueda lembra que os partidos de centro são fundamentais para o projeto de anistia e que a hora é de união pelo que está em jogo nacionalmente. “O Rio não pode ser o pivô do recuo do centro de um projeto maior. A candidatura de Rodrigo Bacellar é irreversível”, afirmou Rueda ao interlocutor que busca a pacificação.
FIM DA FERVURA – Com a chegada de Renato Araújo à chapa majoritária, sendo traduzida como apoio de Jair Bolsonaro a solução fluminense, não causará surpresa se houver silêncio por parte de Silas Malafaia e do deputado federal Sóstenes Cavalcante. Não haverá apoio explícito, mas também não atrapalharão.