Nesta terça-feira (02), representantes do governo do Estado do Rio de Janeiro visitaram as obras emergenciais do túnel extravasor, em Petrópolis. Ao todo o investimento no município para a reconstrução das áreas atingidas pela tragédia ultrapassa R$ 500 milhões.
“É uma obra importante, apesar da intervenção ser de responsabilidade da federação, o Estado decidiu assumir esta primeira fase emergencial, que custa mais de R$ 80 milhões. Juntando todas as obras, mais o crédito para os empresários e comerciantes o valor chega à R$ 700 milhões investidos em Petrópolis”, esclarece o governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
As intervenções no túnel começaram no dia 26 de julho, e tem o prazo de seis meses para a entrega. A data cai no mesmo dia que a tragedia de fevereiro completa um ano. As obras custarão R$ 74 milhões, valor que será dividido entre as empresas contratadas para a execução do projeto.
“A orientação do estado tem sido acelerar cada vez mais estas obras. Tratamos todos os processos licitatórios para ter uma obra de qualidade, dentro do preço e que utiliza a tecnologia necessária”, disse Cláudio Castro.
A construção do túnel começou no fim da década de 1950, mas ele só foi inaugurado em 1971. O extravasor não recebe manutenções e reformas há mais de 50 anos. De acordo com o secretário de Infraestruturas e Obras do estado do Rio de Janeiro, Rogério Brandi, atualmente 80 funcionários estão trabalhando nas obras, mas assim que as atividades em outros pontos forem iniciadas a expectativa é que este número aumente.
“A previsão é que ainda sejam necessários mais alguns meses para construção do projeto executivo, mas entendemos que alguns trechos necessitam de intervenções imediatas, e por isto as obras emergenciais são necessárias para amenizar os problemas em pontos específicos. Além de extenso, o túnel é um ambiente confinado, e por isto algumas técnicas são aplicadas por segurança, como por exemplo, represas para a água ser desviada para o rio. É um trabalho que exige muita atenção para não colocar em risco a vida dos trabalhadores”, esclareceu o secretário.
O ex subsecretário de Cidades do Rio de Janeiro, Bernardo Rossi, garante que a parceria entre o governo federal, estadual e municipal é importante para que a cidade esteja preparada para os períodos de chuva.
“Todas as obras que o governo do Estado assumiu o compromisso continuam até sua finalização. Esta obra do túnel é muito importante! É aguardada há muitos anos e beneficiará toda a cidade”, esclareceu Bernardo.
Hélito Fraguas é morador da Rua do Túnel e há quatro meses sofreu um acidente na localidade, quando o piso do imóvel que ele estava cedeu. O petropolitano caiu de uma altura de seis metros. A expectativa é que a região volte a ser um local seguro.
“O meu acidente foi uma tragédia pequena em relação ao que pode acontecer, se não houver interferências no Quissamã. Lá vivem em média 600 famílias. A nossa expectativa é que a obra seja feita da melhor maneira possível e o mais rápido possível. Sabemos que vem uma chuva daqui a três meses, então esta intervenção precisa ser acelerada mesmo. É bom saber que os projetos saíram do papel”, disse Hélito.
Por Gabriel Faxola
