Os rodoviários denunciaram na última sexta feira (7), que foram impedidos de participar das eleições para a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Petrópolis.
O pleito vai acontecer nos dias 20 e 21 de outubro deste ano. São 26 representantes em cada uma das 3 chapas concorrentes, um dos requisitos exigidos pela comissão eleitoral.
Segundo a advogada dos concorrentes, a direção atual alegou que um dos membros havia desistido, o que supostamente impossibilitou a inscrição da chapa nova. “Entrando com processo judicial. O oficial de justiça foi até o sindicato na quinta-feira e informaram que não tinha ninguém da comissão presente. Pediram para voltar na sexta-feira às 09h30 e não compareceram”, informou Maria Fernanda do Nascimento
Segundo a liminar enviada ao sindicato, a comissão eleitoral precisava apresentar o documento que registra o pedido de cancelamento de inscrição do candidato assim até as duas horas da tarde desta sexta-feira. Assim, como dar o prazo de 24 horas aos componentes para correção da irregularidade e para substituição daquele componente. Caso contrário, seria aplicada multa no valor de R$ 5 mil.
Segundo o presidente da chapa 2, se não houver chapa concorrente a atual se mantém. “Estamos há cinco anos sofrendo nas mãos dos atuais responsáveis. A nossa chapa vai trabalhar a favor dos rodoviários, de verdade. Não aceitamos mais ps profissionais fazerem horas extras, receberem o salário atrasado. Os rodoviários precisam ser respeitados”, conta Paulo Roberto
Nas redes sociais o problema já estava sendo divulgado. Um dos rodoviários reclamou que o sindicato não divulgou o Edital de Convocação de Eleições.
No início da noite desta sexta-feira (7), o Sindicato se posicionou e informou que no sábado 24 de setembro, o edital foi divulgado por meio de um jornal, seguindo o mesmo protocolo das eleições anteriores.
De acordo com o Sindicato, todos os trabalhadores regularizados e organizados têm direito estatutário de estabelecer chapas, cumprindo as normas estabelecidas no Estatuto da própria instituição. O prazo de Registro de Chapas foi de 05 dias, contados da publicação do edital. O registro de chapas somente era possível de ser realizado na secretaria do Sindicato, localizado à Rua Visconde de Souza Franco, 121 Centro, das 09h às 16h, local em que os responsáveis pelas chapas deveriam entregar toda documentação e fornecer a ficha de qualificação dos candidatos e o correspondente recibo de registro.
“Embora três chapas tenham comparecido à sede do Sindicato, apenas duas chapas entregaram a documentação para avaliação da Comissão Eleitoral e seus respectivos representantes participaram de uma Reunião de Regularidade na sexta-feira, 30 de setembro, na sede do Sindicato”, frisou Edson.
Na reunião em questão os integrantes da Chapa 1 eram favoráveis ao estabelecimento da Chapa 3, mesmo esta não possuindo a totalidade de requisitos para a inscrição da Chapa, contudo, os responsáveis pela possível Chapa 2 alegaram ilegalidade, de forma que a Chapa 3 foi impedida, pelos representantes da Chapa 2, de finalizar o processo de inscrição para o pleito.
Ainda segundo o Sindicato, o trabalhador rodoviário da Chapa 2 alegou e escreveu uma carta pedindo o cancelamento da inscrição. Ele pediu sigilo em relação ao seu nome e da empresa que atua, a instituição, ou seja, o Sindicato dos Rodoviários, comunicou a questão à Comissão Eleitoral, para que esta tomasse as providências que entendessem como cabíveis.
Sendo assim, na avaliação da Comissão eleitoral, o grupo que se tornaria a Chapa 2 passou a estar em desacordo com as necessidades para a homologação da Chapa, visto que o número mínimo de inscritos precisa ser de 26 trabalhadores rodoviários ativos.
Os representantes informaram ainda que a Chapa 2 não está inscrita, até o presente momento, e que caso o sistema judiciário entenda que a referida inscrição deve ser realizada, a Comissão Eleitoral e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis vão plenamente acatar a sentença da Justiça do Trabalho, após o trânsito em julgado, visto que está é a autoridade máxima para dirimir a questão, e após isso a Comissão dará andamento aos passos eleitorais.
Larissa Martins