Velhas raposas da política acharam estranho a decisão do prefeito Eduardo Paes de abrir uma polêmica pública com o Tribunal de Contas do Estado, já que pretende concorrer ao governo estadual e, se eleito, necessitará de ter uma política civilizada com a Cortes de Contas.
Diferente do TCMRio, que ele pode chamar de seu, já que a maioria absoluta dos integrantes foram nomeados por ele e faziam parte do seu grupo político, o TCE tem uma formação diferenciada, com a tendência de ser uma pedra no sapato do uniforme de governador, se for eleito.
O pior é que Paes não foi preciso e justo com o tribunal estadual. Existe um convênio, assinado no apagar das luzes de 2022, com a descentralização de R$ 15 milhões e um pedido de suplementação em fevereiro de 2023 de R$ 9 milhões para a conservação do Campo de Santana, no entorno da sede do TCE.
Destes acordos, foram repassados pelo estado R$ 900 mil e o restante aguarda ajustes do plano de trabalho apresentado pela Prefeitura.
Internamente, este bate boca gratuito surpreendeu parte dos conselheiros e até os seus colegas do TCM. Ninguém sabe até agora quem vai lucrar com esta polêmica específica, que fica longe do entendimento da grande massa de eleitores.
