O Concerto de Abertura da 23ª edição do Festival de Inverno de Petrópolis, com produção e realização do Instituto Dell’Arte, será nesta sexta-feira (18/07), às 19h, na Catedral São Pedro de Alcântara, com a Camerata de Cordas da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, com a regência do maestro Eliseu Moreira. A entrada é franca.
Neste programa especial, a Camerata de Cordas da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa apresenta obras marcantes de diferentes períodos e estilos da música ocidental, que transitam do Barroco ao Romantismo. O repertório inclui o Divertimento nº 1, K. 136 de Wolfgang Amadeus Mozart, a elegante e dançante Suite Holberg, Op. 40 de Edvard Grieg, o expressivo Concerto em Lá Menor para Dois Violinos, RV 522 de Antonio Vivaldi, e a vibrante Suite St. Paul, Op. 29 de Gustav Holst.
No sábado, dia 19, às 18h, a série “Festival nas Casas Históricas” será inaugurada na “Encantada” Museu Casa de Santos Dumont com o concerto do Trio Minuetto, formado pelos violinistas Thiago da Costa e Dalibor Svab, e pelo violista Carlos Tavares – representantes da nova geração de instrumentistas brasileiros. Também está incluída na programação de sábado,o o Sarau Imperial, às 18h30, no Pavilhão das Viaturas, no Museu Imperial. O teatro interativo é encenado a partir de trechos da correspondência da família imperial.
No domingo, 20 de julho, o Pavilhão das Viaturas do Museu Imperial dá início à série “Concertos ao Meio-Dia”, com a apresentação do Quinteto de Sopros da Guanabara, formado por João Pedro Barros (flauta), Queren Oliveira (oboé), João Pedro Souza (clarineta), Gustavo Magalhães (fagote) e Felipe Portugal (trompa), jovens instrumentistas dedicados à difusão do repertório para quinteto de sopros.
E a recém-criada série “Festival nas Casas Históricas” tem sua continuação às 16h, na Casa Stefan Zweig com a apresentação do Duo Gerk & Lima, formado pela soprano Maria Gerk e do violonista Marco Lima. O programa é dedicado à música brasileira, com obras como Fado das Tricanas de Coimbra e Lua Branca, de Chiquinha Gonzaga, Melodia Sentimental, de Heitor Villa-Lobos, Curupira, de Waldemar Henrique, Canção do Violeiro, de Edino Krieger, e Luar do Meu Bem, de Cláudio Santoro, além de outras pérolas do cancioneiro popular.
A abertura da tradicional série “Concerto à Luz de Velas”, às 18h30, no Museu Imperial, também no domingo, será com o consagrado Quarteto da Guanabara. Fundado em 1968 pela violinista Mariuccia Iacovino e pelo pianista Arnaldo Estrela, o Quarteto da Guanabara acaba de completar 50 anos de existência. Considerado um dos mais tradicionais grupos de câmera do Brasil, atualmente exibe renovação com músicos de peso, com Daniel Guedes e Mateus Soares nos violinos, Daniel Albuquerque na viola e Márcio Malard no violoncelo. O repertório faz uma homenagem a seus fundadores: a violinista Mariuccia Iacovino e o pianista Arnaldo Estrela, com Quarteto op.76 nº3 – “Quarteto do Imperador” de Joseph Haydn, Valsa de Radamés Gnattali e Quarteto em lá menor op.29 D.804 – “Rosamunde” de Franz Schubert.
A programação do 23º Festival de Inverno de Petrópolis continua na quinta-feira, dia 24, com duas apresentações no Museu Imperial: às 12h, na abertura da série “Concertos ao Meio-Dia” com Patrícia Glatzl & Silas Barbosa (versão orquestral). Patrícia Glatz tem uma carreira diversificada, atuando como solista de orquestras, camerista, e também é professora de piano e musicalização para crianças e adultos. No programa do recital, Fantasia Improviso Op. 66 e Polonaise Op. 53 (Heróica) de Frédéric Chopin e Melodia (Orfeu e Eurídice) de Gluck.
Já a série “Concertos à Luz de Velas” apresenta, às 18h30, no Pavilhão das Viaturas, o Ensemble Phoenix, formado por Myrna Herzog (viola da gamba e direção musical), Laura Rónai (flauta transversa barroca), Roger Ribeiro (violino barroco) e Eduardo Antonello (cravo). Especializados em performance barroca e com diversos prêmios, o conjunto apresenta o programa “Conversa Galante: a música dos saraus”, interpretado com instrumentos de época. A proposta é reviver as apresentações musicais que marcaram a vida social e cultural do Rio de Janeiro.
Na sexta-feira, dia 25, é dia de dose dupla de música no Museu Imperial. Ao meio-dia, o pianista Daniel Bourlet se apresenta acompanhado de Silas Barbosa na Série “Concertos ao Meio-Dia”. Bourlet é um pianista que coleciona prêmios internacionais, incluindo concursos na Espanha e na Itália. Nasceu em Petrópolis e é considerado um dos maiores talentos da nova geração de pianistas. Às 18h30, é a vez da série “Concertos à Luz de Velas” receber o Duo Ceccato & Béchemin, formado pela flautista brasileira Sofia Ceccato e pelo fagotista francês Simon Béchemin. No programa, um percurso musical que une o clássico e o popular, com obras que vão de Bach e Villa-Lobos a Chiquinha Gonzaga e Pixinguinha.
No sábado, dia 26, o Museu Imperial inicia a programação com o Trio Portato dentro da Série “Concertos ao Meio-Dia”. Formado por Geisa Felipe (flauta), Kayami Satomi (violoncelo) e Aleyson Scopel (piano), o grupo dedica-se à música de câmara. No Programa, Pièce Romantic de Gaubert P., Adagio e Allegro Op.70 para violoncelo e piano de Schumann, R. (1810-1856), Nocturne para flauta e piano de Barrère G., Premier Trio em Sol maior de Debussy. C. E às 18h30, o Sarau Imperial será apresentado no Pavilhão das Viaturas, também no Museu Imperial.
Também no sábado, às 18h, o Museu Casa Santos Dumont recebe a série “Festival nas Casas Históricas” com Duo Prevatto & Do Carmo. Formado pelo violonista Tácio Prevatto e pelo flautista Erick do Carmo, o recital apresenta um panorama da música européia. No repertório, compositores do barroco Ibérico como Carlos Seixas e Antonio Soler; do alto Barroco, como J.S Bach e Georg Philipp Telemann e Christian Gottlieb Scheidler, representando o Classicismo.
O domingo de encerramento promete ser um dos pontos altos do Festival, com atrações em diversos locais e horários. A série “Concertos ao Meio-Dia” no Museu Imperial terá como atração Hugo Pilger & Tibor Fittel. O violoncelista e o acordeonista apresentam uma combinação sonora inusitada, entre dois instrumentos de origens distintas. O programa inclui obras consagradas como o Arioso de J.S. Bach, a Chanson Triste de Tchaikovsky, Milonga sin Palabras do argentino Astor Piazzolla, entre outras. A música brasileira também está presente, com a valsa Yara, de Anacleto de Medeiros, e duas composições de Heitor Villa-Lobos: Canção do Amor e Melodia Sentimental.
O Concerto de Encerramento será com a Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, às 16h, no Palácio de Cristal. Reconhecida por sua performance e compromisso social, com direção geral do maestro Jony William Villela Vianna, coordenação artística de Hodyllon Martins, e regência do maestro Daniel Oliveira. A formação, composta por jovens músicos atendidos pelo projeto social Orquestrando a Vida, oferece a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, a oportunidade de acesso gratuito à educação musical e à prática orquestral. A orquestra leva o nome de Mariuccia Iacovino, renomada violinista e professora brasileira, cuja carreira e legado inspiram o projeto.
O Duo Santoro, formado pelos irmãos Paulo e Ricardo Santoro, dois dos mais expressivos violoncelistas da cena musical brasileira, se apresenta às 16h, na Casa Stefan Zweig, na série “Festival nas Casas Históricas”. Reconhecidos pela dedicação à difusão do repertório nacional, o repertório traz obras de compositores contemporâneos e consagrados como Luiz Pardal (As Asas São Sempre Leves), Monique Aragão (O Feitiço da Lua), Alexandre Schubert (Casario de Minas) e Ernani Aguiar (Bifonia nº 6 “Santoros”). O concerto encerra com clássicos da MPB: O Trenzinho do Caipira, de Heitor Villa-Lobos; Carinhoso, de Pixinguinha; a animada Suíte Nordeste, de Anderson Alves; e o irresistível choro Brasileirinho, de Waldir Azevedo.
O 23º Festival de Inverno de Petrópolis se despede em grande estilo com um recital especial às 18h30, no Museu Imperial, dentro da série “Concerto à Luz de Velas”, e reúne os músicos Daniel Guedes no violino e Marina Spoladore ao piano. O duo interpreta obras de repertório clássico e popular em um ambiente intimista e à meia-luz. O recital de Daniel Guedes e Marina Spoladore no Museu Imperial reafirma o compromisso do Festival de Inverno de Petrópolis com a qualidade, com o apoio aos jovens talentos e com a formação de novas plateias para a música clássica.
Todos os eventos do Festival têm entrada gratuita, mediante a doação de itens de higiene e limpeza para a “Campanha da Solidariedade”. Os ingressos devem ser retirados pelo site Sympla https://www.sympla.com.br/produtor/fipet.
A madrinha da Campanha de Solidariedade deste ano é Lucy Rizzo, uma das pioneiras da benemerência em Petrópolis. Desde pequena, ela aprendeu a importância de ajudar o próximo. No Colégio Santa Isabel, participou das “Luizas de Marilac”, grupo que segue ativo no apoio a pessoas em situação de vulnerabilidade. Foi presidente do “Senhoras dos Rotarianos” e contribui regularmente com a Casa da Amizade. Hoje, soma mais de quatro décadas de trabalho voluntário na Associação Filantrópica de Petrópolis (Afipe).
O 23º Festival de Inverno de Petrópolis tem foco na música clássica e na excelência artística. Concertos e recitais ocupam espaços históricos da cidade, como a Catedral de São Pedro de Alcântara, Museu Imperial, Museu Casa de Santos Dumont, Casa Stefan Zweig e Palácio de Cristal.
O Festival de Inverno é apresentado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, FUNARJ, Prefeitura de Petrópolis, Instituto Municipal de Cultura e Instituto Dell’Arte, com produção da Dellarte e apoio da Mitra Diocesana de Petrópolis, Museu Imperial, Museu Casa Santos Dumont e Casa Stefan Zweig.