A cada batida, seu coração cumpre uma missão vital. Mas será que você está dando a ele a atenção que merece? O check‑up cardíaco é a ferramenta preventiva mais eficaz para garantir sua saúde cardiovascular — e é fundamental saber quando, por que e como realizá‑lo. Um mito comum é achar que por ainda estarmos jovens, não precisamos nos preocupar. No entanto, placas podem iniciar na adolescência, fazendo da prevenção precoce, um cuidado crucial.
Uma dica de ouro é: pensando em iniciar uma atividade física? Consulte um cardiologista previamente, independentemente da idade e faça um check-up. Fora isso, adultos sem risco devem realizar o check‑up a cada 2–5 anos até os 40 anos, depois anual. Adultos com fatores de risco (hipertensão, diabetes, colesterol alto, histórico familiar precoce de infarto, obesidade, ou fumante), devem realizar avaliações anuais desde os 20–30 anos. Lembrando que ter histórico familiar é uma alerta, não uma sentença. Controle de peso, alimentação saudável, atividade física e não fumar fazem uma grande diferença.
Nem sempre uma dor no peito nos alerta que algo não vai bem. Os sintomas podem ser sutis: falta de ar, palpitação, cansaço ou desconforto difuso. Doenças cardíacas — como aterosclerose, hipertensão, arritmias, valvopatias e miocardiopatias — costumam avançar silenciosamente. Sintomas tardios podem significar quadro avançado, com risco de infarto, insuficiência cardíaca ou morte súbita. O check‑up permite a identificação precoce, mesmo na ausência de queixas, e evita consequências graves.
Um bom check-up costuma incluir avaliação clínica e histórico do paciente, investigando hábitos de vida, alimentação, histórico familiar e sintomas. Além disso, verifica-se a pressão arterial: medição anual, desde os 18 anos, considerando‑a um “inimigo silencioso”; exame de sangue: colesterol, triglicerídeos e glicemia são essenciais — colesterol já a partir dos 20 anos; Eletrocardiograma, que avalia ritmo, eventos passados como infarto e arritmias; Ecocardiograma, para analisar a estrutura do coração, válvulas, músculos e câmaras; teste ergométrico: ideal para quem começa atividade física ou apresenta sintomas sutis; holter, que monitora ritmo cardíaco e pressão arterial ao longo do dia; e exames por imagens (como angiotomografia ou escore de cálcio), que são utilizados de forma direcionada, quando os resultados iniciais sugerem risco aumentado.
O check‑up cardíaco é muito mais do que uma formalidade médica — é um investimento na sua saúde, que previne complicações futuras e pode garantir a sua qualidade de vida. Se você ainda não iniciou esse processo, ou não faz há muito tempo, marque uma consulta. Seu coração merece atenção detalhada, para garantir muitos anos de batidas tranquilas.