O desejo de ter um belo objeto decorativo, levar louças bonitas à mesa ou mesmo a curiosidade e a paixão pela produção da cerâmica aumentou significativamente nos últimos anos. Proporcionar o contato com a cultura da cerâmica local, fomentar aproximar e apresentar essa arte aos petropolitanos e turistas, é um dos objetivos do Cerâmica na Marambaia, que acontece a cada dois meses e retorna aos jardins do Empório neste sábado (26). Peças únicas, feitas pelas mãos de quem transforma o barro em arte, estarão disponíveis para venda. O evento vai das 11h às 17h e conta com programação infantil.
A diversidade dos produtos está na presente na identidade de cada artista. Variados tipos de queima e produção podem ser apreciados na exposição, que conta com mais de dez ceramistas. As peças, utilitárias ou decorativas, completam o cenário de belezas naturais do local. Luana Ruffolo é uma das ceramistas que estará presente com peças que tem a simplicidade de serem sofisticadas. Ela está à frente da Ruffi Cerâmicas e conta sobre sua produção.
“Cada peça é feita à mão, com cuidado e atenção a cada detalhe. Em muitas criações, misturamos madeira ou costura em juta, para trazer mais personalidade, textura e calor às formas. São jarras, baldes de gelo, vasos, entre outras peças que equilibram o rústico e o elegante, para usar, presentear e deixar os ambientes ainda mais acolhedores”, explica.
Para Camila Muniz, ceramista e gestora de conteúdo do Arte Cerâmica em Petrópolis -grupo de ceramistas locais – a cerâmica artesanal conta com uma vasta produção artística em ascensão na cidade. “Petrópolis possui um número relevante de ceramistas que produzem em seus ateliês peças decorativas, escultóricas e utilitárias, com uma ampla e diversificada aplicação das técnicas manuais. São diferentes identidades, linguagens e expressões eternizadas através das suas peças”, declara.
A pluralidade e o aumento do número de membros do grupo Arte Cerâmica em Petrópolis, é um exemplo. “O grupo criado em 2012 por 12 ceramistas, atualmente conta com 30. Ele tem fortalecido a imagem da produção da cerâmica na cidade com suas participações em eventos, como é o caso da Feira de Cerâmica de Petrópolis, que acontece anualmente em Itaipava, e esse ano fez uma edição especial no Rio de Janeiro, e também o Cerâmica na Marambaia”, aponta Camila.
A ceramista ainda destaca a importância de fomentar o mercado da arte da cerâmica na cidade por meio do turismo local. “Trabalhar o circuito de produção de cerâmica na cidade, pode ser um aliado forte ao turismo se considerarmos a relação afetiva com o turista que leva consigo, uma lembrança material, viva, de tudo que se foi visto e vivido enquanto o mesmo está em viagem. Mais do que peças e objetos, a cerâmica artesanal carrega afeto, presença, e uma parte do artesão, tornando-a única. Única para quem a produziu, única para quem a adquiriu. Em Petrópolis, a produção artística em cerâmica é uma ferramenta de valorização da produção local. Uma parte da história cultural que vem sendo escrita na cidade”.
O Cerâmica na Marambaia acontece a cada dois meses nos jardins da fazenda, entre o Empório e o restaurante Fuego, e sempre conta com a visita de centenas de visitantes. A gerente do Empório Marambaia, Marcela Paim ressalta a importância de apresentar a arte ao público da fazenda, e sobre a relevância cultural do evento.
“Os nossos clientes e hóspedes da casa Marambaia, são pessoas do Brasil inteiro e até de fora. Dessa forma, nós incentivamos a realização do evento para proporcionar a eles um pouco da arte que nossa cidade oferece através da cerâmica. Eu acho muito interessante ver o mesmo produto de varias formas, cada um com seu estilo, com seu perfil. Isso realmente é encantador pra mim. Queremos levar a todos os que visitam a feira a oportunidade desse encantamento também. São coisas diferentes feitas com a mesma matéria prima que é o barro. Isso é muito interessante. São artistas diferenciados que apresentam um lindo trabalho”, conclui.
Serviço
Data: 26/07/2025
Hora: 11h às 17h
Local: Empório Marambaia, Rua Dr. Agostinho Goulão, 2000, Corrêas