A segunda edição de 2025 do Festival Paralímpico em Petrópolis foi um sucesso. Promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro e pela Caixa, com apoio da Prefeitura de Petrópolis, o festival foi realizado no último sábado (20/09) e reuniu o número recorde de 345 crianças e jovens estudantes da rede municipal de ensino e de instituições como Pestalozzi, APAE e do Projeto Andorinhas.
Nas atividades realizadas no 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, com apoio das secretarias de Esporte, Educação e da Comdep, teve bocha, vôlei sentado, atletismo e recreação adaptada, além de duas novidades: capoeira e pickleball, modalidade que passou a integrar as práticas esportivas em unidades da rede municipal de ensino em 2024.
“O esporte, e nesse sentido falo não só como prefeito, mas especialmente como educador físico, é ferramenta de inclusão. Para qualquer criança, tenha ela necessidades especiais ou não. Por isso, receber e realizar esse festival do Comitê Paralímpico Brasileiro é oferecer não apenas benefícios físicos, mas também sociais e emocionais. Ao participar de atividades esportivas adaptadas, esses jovens têm a oportunidade de desenvolver habilidades motoras, fortalecer a autoestima e construir vínculos sociais em um ambiente de respeito e cooperação”, destacou o prefeito Hingo Hammes.
Cooperação foi o que a Larissa Rebello, de oito anos, buscou nas provas de atletismo que ela participou. “Todo mundo tem que se ajudar, para conseguir ganhar juntos”, disse a menina. O Carlos Eduardo Chicanelli, de 12 anos, sabe bem a importância dessa cooperação. “É a quarta vez que participo. Quero fazer todos esportes hoje”, disse o menino. O pai dele, Alexandre Silva, que é técnico de rede, sabe que a atividade é fundamental para o filho. “Atividade física é muito importante para o desenvolvimento”, ressaltou.
“Para todas as áreas de aprendizado da criança, essa atividade, que junta esporte e socialização é sensacional”, disse Thalita Carius, professora de educação física da Escola Municipal Geraldo Ventura Dias.
Para o presidente do projeto Incluir Petrópolis, Chen Li Cheng, o Festival demonstra que, apesar das deficiências, as pessoas são capazes. “Dar oportunidade para todos é o ponto mais importante para que cada um possa mostrar essa capacidade. É necessário para desenvolver a auto estima das pessoas”, destacou.
O evento busca ampliar o acesso ao esporte e fortalecer experiências inclusivas, reunindo jovens com e sem deficiência. Em Petrópolis, a iniciativa passou a integrar o calendário nacional do Festival Paralímpico em 2021, reforçando o compromisso da cidade com políticas de inclusão.
“O envolvimento da rede municipal é essencial para que a iniciativa alcance o maior número de estudantes. Professores e gestores estão dedicados para que cada criança participe de forma ativa”, ressaltou a secretária de Educação, Poliana Ferrarez.
O secretário de Esporte, Lazer, Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Leandro Kronemberger, também enfatizou a importância do evento. “O Festival reafirma nosso compromisso em criar espaços de prática esportiva inclusiva e acessível. Cada edição amplia o alcance dessas ações em nossa cidade. Além disso, o esporte inclusivo contribui para a quebra de barreiras e preconceitos, promovendo uma convivência mais empática e igualitária entre todos. É essencial que escolas, instituições e comunidades se reunirem em programas acessíveis como esse e capacitem profissionais para garantir que o direito ao esporte seja plenamente exercido por todos, independentemente de suas limitações”, pontua.
Em 2024, mais de 44 mil crianças participaram do Festival em diferentes cidades brasileiras. Em Petrópolis, a primeira edição do ano de 2025, realizada em junho, reuniu mais de 339 inscritos. O recorde alcançado agora reforça a adesão crescente da população e amplia o legado de integração promovido pelo esporte paralímpico no país.
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