Um novo estudo do Instituto Potsdam para Pesquisa sobre o Impacto Climático (PIK) trouxe um alerta preocupante: a Terra já rompeu sete dos seus nove limites planetários, indicadores que medem se o planeta ainda opera em condições seguras para sustentar a vida. A novidade em 2025 é que a acidificação dos oceanos ultrapassou a fronteira de segurança, entrando oficialmente na chamada “zona de perigo”.
O relatório acendeu um sinal vermelho sobre o futuro, se não houver controle do aquecimento global, eventos como o colapso de ecossistemas e desastres climáticos extremos tendem a se intensificar.
Esse diagnóstico global encontra um espaço de reflexão e ação em nível local na XXXI Semana Científica da UNIFASE/FMP, que será realizada entre os dias 28 e 30 de outubro, no Campus Barão – que fica na Avenida Barão do Rio Branco, 1.003. O tema será “Entre a Serra e o Mar: Interfaces entre Saúde, Ecossistemas e Tecnologias”.
Assim como o estudo internacional mostra os impactos ambientais que ameaçam a vida no planeta, o evento acadêmico propõe um diálogo sobre como ciência, saúde e sociedade podem se articular para enfrentar desafios urgentes e construir soluções sustentáveis.
“A ciência, para cumprir seu papel, precisa estar perto das pessoas. É isso que a Semana Científica busca: abrir as portas da Instituição para que a comunidade participe das conversas e perceba como o conhecimento pode transformar realidades. As mesas redondas, as rodas de conversa, oficinas e mostras de trabalhos ajudam a traduzir temas complexos em questões que afetam diretamente a vida de todos nós — da saúde ao meio ambiente. Quando esse diálogo acontece, a ciência deixa de ser algo distante e passa a ser um instrumento de mudança concreta”, explica Esther Takamori, coordenadora de pesquisa da UNIFASE/FMP e componente da comissão científica do evento.
A realidade dos ecossistemas fluminenses, que conectam zonas de montanha, bacias hidrográficas e áreas costeiras, exemplifica a gravidade do problema. Poluição hídrica, deslizamentos de terra e eventos climáticos extremos são situações que afetam diretamente a saúde e a qualidade de vida da população, reforçando a importância de pesquisas e práticas que aproximem a universidade da comunidade.
Com uma programação que inclui mesas-redondas, palestras, oficinas, rodas de conversa e mostras de trabalhos, a Semana Científica abordará temas como sustentabilidade, inovação tecnológica, políticas públicas e práticas comunitárias, valorizando também o diálogo com os saberes tradicionais. Com isso, o evento também pretende proporcionar uma experiência que gere impacto no cotidiano de toda a comunidade.
“Espera-se que os participantes aprendam a olhar os problemas de diferentes ângulos, tenham contato com novas ideias, experiências e exercitem, também, a prática de trabalhar em equipe — seja na preparação de projetos, na apresentação de trabalhos ou nas discussões com colegas, professores e pesquisadores de diferentes áreas. Ao mesmo tempo, cada participante amplia seu próprio repertório científico, o que se reflete diretamente na sua maior capacidade de análise crítica, mais segurança para tomar decisões, novas referências para os estudos e ferramentas para enfrentar desafios profissionais”, destaca Esther.
A abertura do evento ocorrerá no dia 28 de outubro, às 13h30, na Sala Arthur de Sá Earp Neto e contará com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ e pesquisadora em biogeoquímica do carbono em ambientes aquático, e Vitória Custódio, geógrafa (UFJF) e gerente de prevenção e preparação na Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis.
A programação completa e as inscrições estão disponíveis no site: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/
Serviço:
XXXI Semana Científica da UNIFASE/FMP
Dias: 28, 29 e 30 de outubro
Horário: de 13h30 às 22h
Local: Campus Barão – Avenida Barão do Rio Branco, 1.003 – Centro, Petrópolis.
