Por Gabriel Rattes, com informações do Min. da Cultura
O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou, nesta terça-feira (25), a rerratificação do tombamento da antiga “Avenida Koeler: Conjunto Urbano-Paisagístico”, que agora passa a se chamar “Conjunto Urbano-Paisagístico e Unidades Fabris de Petrópolis”. A mudança amplia a área tombada em nível federal e atualiza o reconhecimento dos valores históricos, culturais e ambientais da Cidade Imperial.
A revisão redefine os limites da área protegida e estabelece novas diretrizes de preservação. Com isso, o perímetro tombado fica maior do que o anterior, incorporando a antiga área de entorno e incluindo novos elementos urbanos e naturais considerados essenciais para a identidade histórica de Petrópolis.
Segundo a conselheira relatora do processo, Tânia Nunes Galvão Verri, a ampliação reforça a importância de preservar o conjunto como um todo. “Na comparação entre a situação atual e a proposta apresentada, a ampliação da área tombada consolida a relevância do trecho que já estava sob a jurisdição do Iphan, deixando de ser mera área de entorno para se tornar o próprio valor preservado. Além disso, é importante destacar que nenhum imóvel tombado foi suprimido nesta revisão”, disse.
Principais mudanças
Entre os principais acréscimos estão as encostas cobertas por Mata Atlântica, agora reconhecidas como parte essencial do patrimônio cultural de Petrópolis, e componentes do Complexo Fabril de Cascatinha, como a chaminé, os pavilhões fabris, a estação ferroviária, a usina e as pontes históricas. A Vila Operária da antiga Fábrica de Tecidos Cometa também teve seu tombamento ampliado, passando a compreender, além da Rua Padre Feijó, a Rua Coronel Batista, enquanto as Casas Djanira, Ana Mayworn e da Rua Cardoso Fontes foram redefinidas, com limites de preservação mais precisos.
Natureza
Durante a reunião, o Conselho também confirmou a permanência dos trechos dos rios na área tombada. A nova configuração adapta o reconhecimento do patrimônio ao contexto urbano atual e marca uma mudança importante na forma de compreender o Conjunto Urbano-Paisagístico e Unidades Fabris de Petrópolis. Agora, a proteção passa a considerar o território de maneira integrada, e não apenas elementos isolados.
“A rerratificação atualiza e aperfeiçoa os instrumentos de preservação do Iphan, permitindo que Petrópolis continue sendo tratada com o cuidado que sua relevância histórica exige. Este ato reforça nosso compromisso com uma atuação transparente, técnica e alinhada às necessidades contemporâneas da cidade”, avaliou a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patricia Wanzeller.