Por Gabriel Toledo
Com a aproximação do fim do ano, cresce a expectativa entre os trabalhadores com carteira assinada para o pagamento do 13º salário. Considerado um “salário extra”, o benefício é garantido por lei e tradicionalmente pago em duas parcelas, com datas definidas.
A primeira parcela deve ser depositada até 30 de novembro, mas como a data cai em um domingo em 2025, o pagamento será antecipado para a sexta-feira, dia 28. Já a segunda parcela, que contém os descontos obrigatórios, precisa ser paga até 20 de dezembro.
O Ministério do Trabalho e Emprego reforça que o 13º é um direito de todos os trabalhadores formais. Quem trabalhou o ano inteiro recebe o valor integral; quem ingressou depois recebe proporcionalmente aos meses trabalhados. No caso de remuneração variável, como comissões e horas extras, o cálculo é feito pela média salarial. A primeira parcela considera os valores até novembro; a segunda, até dezembro. Caso ainda haja quantias pendentes, o ajuste deve ser concluído até 10 de janeiro do ano seguinte.
Para muitas famílias, o benefício faz diferença no orçamento e no planejamento de fim de ano. O videomaker André Alves, conta que já sabe exatamente como pretende utilizar o dinheiro extra.
“Com o 13º, a gente ajuda familiares. Compra presente de Natal, roupa para o filho. Também começo a adiantar os materiais escolares, afinal, o ano que vem já está chegando.”
O economista Atos Rodrigues destaca o peso do benefício para o comércio e para o bolso dos trabalhadores. “É fundamental porque é um dinheiro a mais que entra e que podemos contar. Chega em uma hora muito boa, isso é importantíssimo”, afirma.
Mas, para quem é autônomo, a ausência do 13º salário pesa. A vendedora Rosiane Fonseca destaca que o benefício ajudaria a organizar as contas: “A gente consegue, pelo menos, regularizar alguma conta pendente e comprar um presente. Esse dinheiro certamente ajudaria a fechar o ano com chave de ouro.”
Além de auxiliar no orçamento doméstico, o 13º tem impacto direto na economia. Ele ajuda a movimentar o comércio, impulsiona os serviços e aumenta o consumo, especialmente em dezembro — período de aquecimento nas vendas.
Para o gerente de recursos humanos, Wendel dos Santos, o mais importante é o planejamento. Ele conta que pretende guardar o valor recebido. “Tem muita gente que recebe um dinheirinho a mais e já tem aquele impulso de gastar. Eu aprendi uma regra: tirar o impulso. Penso por 24 horas para ver se aquilo realmente faz falta. Também é importante anotar os gastos fixos para ter controle e não acabar gastando com coisas secundárias ou terciárias”, afirma.
Em caso de dúvidas ou suspeitas de irregularidades no pagamento, o trabalhador pode procurar a Superintendência Regional do Trabalho ou registrar denúncia nos canais oficiais do Ministério do Trabalho. Para boa parte dos brasileiros, o 13º continua sendo uma garantia essencial — e um alívio importante para fechar o ano no azul