O Movimento Petrópolis 2030 formaliza nesta quarta-feira (18) a entrega de um documento com uma série de reivindicações relacionadas à concessão da Rodovia BR-040/495 – Juiz de Fora/Rio de Janeiro. O material será apresentado ao Ministério Público Federal (MPF) e também encaminhado à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), à concessionária Elovias e a demais órgãos envolvidos no processo.
O documento será apresentado durante a audiência pública que acontece a partir das 13h30, na UNIFASE e reúne as principais preocupações de entidades da sociedade civil e do setor produtivo da cidade em relação à mobilidade, à segurança viária e aos impactos econômicos provocados pela rodovia, especialmente no trecho da Serra de Petrópolis.
Segundo Cláudio Mohammad, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL) e liderança que coordena o colegiado empresarial, o objetivo é garantir que as decisões sobre a concessão considerem a realidade local. “Petrópolis convive há anos com gargalos graves na BR-040, que afetam o abastecimento, o turismo, o deslocamento de trabalhadores e, sobretudo, colocam vidas em risco. Esse documento é uma contribuição técnica e responsável para que a concessão avance com soluções concretas e prazos mais adequados”, afirma.
Entre os pontos considerados prioritários pelo Movimento Petrópolis 2030 estão a antecipação da conclusão das obras da nova subida da serra; cumprimento do compromisso de antecipação para março da construção da nova Ponte do Arranha-Céu, no km 58, em Itaipava; a recuperação estrutural da pista da serra; melhorias na drenagem da rodovia para evitar alagamentos recorrentes, além da contenção de encostas e do controle de ocupações irregulares na faixa de domínio.
O texto também defende a antecipação de obras previstas contratualmente, como a duplicação e o novo viaduto diamante no km 59,5, em Itaipava, importante conexão com a União e Indústria e BR-495 e a busca por alternativas que permitam a redução da tarifa de pedágio, sem comprometer a segurança jurídica do contrato.
Para Cláudio Mohammad, a audiência pública representa um momento decisivo para o futuro da cidade. “A BR-040 é estratégica para Petrópolis e para toda a Região Serrana. O que está em debate hoje não é apenas uma concessão, mas o impacto direto na economia, na competitividade do comércio, no turismo e na qualidade de vida da população. É fundamental que as demandas locais sejam ouvidas e incorporadas”, destaca.
32 entidades compõe o Movimento que tem 19 pautas prioritárias
As entidades do movimento representam um conjunto amplo da economia local. Participam instituições da Indústria (Firjan), Comércio (Sicomércio, Arte, CDL e Feirinha de Itaipava), Construção Civil (Sindicato da Construção Civil), Confecção (Sindicato da Indústria de Confecção), Tecnologia (Serratec), Hotelaria e Turismo (Petrópolis Convention & Visitors Bureau, Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes, ABIH-RJ e Associação de Guias de Turismo), Eventos (AssociEventos) e Microcervejarias (AMP). Também integram o grupo o MercoSerra, Associação Comercial e Empresarial de Petrópolis (ACEP), Conselho Comunitário de Segurança, Conselho Regional de Engenheiros e Arquitetos (CREA-RJ), Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF), Comac, OAB, NovAmosanta, Museu Imperial, Instituto Philippe Guédon, Sebrae-RJ, Rotary, Sindicato da Indústria de Alimentação, Sindicato da Panificação e Sindicato dos Profissionais da Contabilidade, além do Sindicato dos Produtores Rurais, Sindicato dos Condomínios e Unita-Unidos por Itaipava. As instituições empresariais que compõem o movimento representam a força de mais de 100 mil postos de trabalho na cidade.
Com metas estabelecidas até 2030, o movimento trabalha com 19 propostas estruturadas, que envolvem a melhoria da infraestrutura e a finalização da nova subida da Serra pela BR-040, considerada essencial para o escoamento de produtos e para o turismo; o incentivo ao comércio local com a criação de um ambiente de negócios mais competitivo; o fortalecimento do turismo como eixo econômico; a atração de investimentos e a modernização dos serviços públicos; o estímulo à inovação tecnológica e à digitalização; a geração de emprego e renda; e a implementação de políticas públicas que atendam às demandas sociais e produtivas do município.
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