A água, uma substância líquida que se faz essencial para todas as formas de seres vivos dentro do planeta, é um dos bens ambientais mais estimados pelo fato de representar, literalmente a vida. Apesar da fama, no quesito preservação a humanidade peca quando utilizam os afluentes do ciclo hídrico, como por exemplo os rios dos centros urbanos e oceanos como forma de descarte irregular de resíduos poluentes.
Na era em que o debate sobre preservação ambiental se tornou uma necessidade frente a tantas ocorrências que demonstram os efeitos nocivos dos efeitos climáticos no meio social, entidades como o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piabanha, conhecido popularmente por Comitê Piabanha, se destacam ao promover ações e projetos que buscam cuidar de forma sustentável dos recursos naturais.
Especificamente o Comitê com sede na cidade de Petrópolis, que nasceu em 14 de setembro de 2005, atua na gestão de recursos hídricos. A organização é qualificada pelo Estado, é composta por uma plenária com 36 membros, 12 de cada segmento. Esses segmentos são determinados pela Lei da Política Nacional de Meio Ambiente, onde integram 12 membros do Poder Público, tanto de instâncias municipais quanto estaduais.
Segundo a bióloga, Doutora em Meio ambiente e diretora do Comitê Piabanha, Julieta de Paiva, a entidade opera na Região Hidrográfica IV do Estado do Rio de Janeiro, que abrange as bacias dos rios Piabanha, Paquequer, Preto e os afluentes situados nos municípios de Areal, Carmo, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto, Sapucaia, Sumidouro, Teresópolis e Três Rios. O trabalho ressalta a importância de respeitar o ciclo da água e as bacias hidrográficas dando ênfase na coletividade, no que diz respeito à cultura de preservação e cuidado com a terra. “A participação das pessoas, é fundamental. Cada cidadão, pode dar uma pequena contribuição, que pode ser aparentemente pequena, mas não é, porque se todos contribuem, o resultado é grandioso. Ressalto a necessidade de não jogar lixo nos rios. Os resíduos voltam e a pessoa pode achar que está se livrando dele, mas lá na frente aparece, na hora de uma enchente causando grandes ocorrências, como observadas no cenário da cidade de Petrópolis” fala Julieta.
Monitoramento
Com a promoção de uma gestão descentralizada conciliando os diversos usos e interesses sobre o recurso hídrico, contribuindo para a preservação, e recuperação desses recursos. O Plano de Bacia da Região Hidrográfica IV do Comitê é estruturado em seis agendas temáticas: Gestão de Recursos Hídricos; Recursos Hídricos Quali-Quantitativo; Saneamento Urbano e Rural; Infraestrutura Verde; Produção de Conhecimento; e Comunicação e Educação Ambiental.
Na “Cidade Imperial” a instituição promoveu no ano passado um seminário, lá no auditório da faculdade Uni Fase, sobre os desastres que sempre ocorrem em solo petropolitano. “A partir das movimentações, o Estado contratou, através do INEA, um programa que vai ser desenvolvido ao longo dos 18 meses, que vai trazer para o município as informações necessárias para que o município possa atuar de forma mais objetiva nos pontos mais críticos para esses acidentes, incluindo, inclusive, orçamentos”, disse.
O Comitê Piabanha, dentro das atribuições, vem fazendo esse monitoramento com ações que podem ser realizadas com a contribuição do comitê e das organizações políticas, que podem diminuir o número de enchentes na cidade.