Iniciativa estimula o desenvolvimento de projetos inovadores e a busca por soluções tecnológicas pelos estudantes
Uma atividade muito especial, que estimula o interesse dos estudantes pela ciência e tecnologia, aconteceu nesta quarta-feira (18/06), no Centro Cultural Veneza, em Botafogo, zona sul da cidade do Rio de Janeiro: A 1ª Feira de Iniciação Científica e Tecnológica Expotech, que visa promover a conscientização e soluções para cidades e comunidades mais seguras, sustentáveis e inclusivas. Foram apresentados 15 trabalhos finalistas, com muita criatividade, para um mundo melhor.
— A tecnologia precisa ser usada de forma sustentável para que possamos garantir um mundo melhor para todos. Quando a gente associa tecnologia e conhecimento, o resultado é sempre positivo — declarou Roberta Barreto, secretária de Estado de Educação do Rio de Janeiro.
A ExpoTech #CidadeParaTodos: Ação Inovadora, Cidade Acolhedora é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Educação, por meio da Superintendência Pedagógica da Subsecretaria de Gestão de Ensino. O evento contou com estandes, com trabalhos escolares representando todas as Regionais. Os alunos apresentaram seus projetos no palco e também houve uma Dinâmica Minecraft, além da entrega de medalhas e premiações.
— Nós viemos de muito longe, de São Francisco do Itabapoana, e estamos muito felizes por apresentar nosso protótipo, feito para coletar resíduos sólidos submersos na água. Queremos levar esse projeto para frente. É muito legal ver vários projetos feitos nas escolas, por estudantes como nós, para melhorar nosso planeta — disse Maria Eduarda Câmara Pessanha, de 16 anos, aluna da 1ª do Ensino Médio do Colégio Estadual Ana Nunes Viana.
Esta edição usou como base o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11, um dos 17 estabelecidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), que busca garantir o acesso a habitações adequadas e serviços básicos, melhorar a mobilidade urbana, proteger o patrimônio cultural e natural, e promover a gestão sustentável dos recursos naturais. Nesse sentido, estudantes tiveram que apresentar projetos para um mundo melhor e mais sustentável.
— Esse evento é para que a gente possa ver a criatividade dos nossos jovens com relação à sustentabilidade, à mudança de hábitos da própria comunidade em que vivem, nos seus bairros, na sua casa e na cidade. Nós temos tido a alegria de ver nossos estudantes optando por profissões que já são do futuro, como a engenharia mecatrônica, engenharia espacial e tantas outras. A Expotech trás exemplos de tecnologia avançada, de inovação, e eu tenho certeza que daqui vão sair coisas muito importantes, relevantes e produtivas — comentou a subsecretária de Gestão de Ensino, Joilza Rangel.
Soluções inovadoras para o futuro do planeta
A partir da temática proposta, foram apresentados projetos inovadores para acesso à moradia e a serviços básicos, mobilidade urbana, urbanização inclusiva e sustentável, gestão dos recursos naturais de forma sustentável e acesso a áreas verdes e espaços públicos seguros, assim como torná-las efetivas no seu cotidiano, impactando de forma positiva as questões das cidades e do meio ambiente.
— Percebemos que, no nosso município, temos a necessidade de caçamba de lixo e nossa ideia é utilizar o próprio lixo para produzir onde descartar, além de mais itens, como bancos, balanços e outros, que poderiam ser usados pela comunidade. São ideias como essa e outras que acompanhamos aqui que ajudam o nosso planeta — explicou Fernanda Martins, professora de Química e orientadora do projeto Reciclacity, do C.E. Dr. Álvaro Rocha, de Barra do Piraí.
Cada equipe era composta por um professor orientador e alunos de diferentes séries e, ao longo do dia, eles participaram de palestras, mostras e exposições, além de trocar experiências com outros alunos da rede.
Equipe do “Jovem Repórter” na área
Na edição deste ano, os estudantes que participam do projeto “Jovem Repórter” marcaram presença na Expotech, atuando na cobertura do evento. A iniciativa, fruto de uma parceria entre as secretarias de Estado de Educação (Seeduc-RJ), da Casa Civil, de Comunicação Social e Publicidade e da Subsecretaria de Relações Internacionais, tem como objetivo instruir estudantes da rede estadual para atuarem como produtores de conteúdo para diversas mídias. Assim, com a linguagem jovem, eles transmitem tudo o que viram na feira para públicos de todas as idades.
— Conheci o projeto na minha escola e nem pensei duas vezes. Quero fazer Relações Internacionais e a bagagem que vou adquirir nesta aventura é única. Ser Jovem Repórter está sendo a experiência mais incrível que tive na minha vida de estudante — ressaltou Luna Nascimento, 17 anos, do Colégio Estadual Herbert de Souza, na Tijuca, Zona Norte da Cidade.
Neste ano, diversos projetos se destacaram na Expotech e, os três primeiros colocados foram o Colégio Estadual São Pedro, do município de Barra Mansa, com o projeto GeoSense: Monitoramento de encostas para alerta de deslizamentos, seguido pelo Colégio Estadual Carmem da Silva, de Belford Roxo, com o aplicativo + Acesso e o Colégio Estadual Castelnuovo, com o projeto Preparação de Tijolos Ecológicos a partir de mistura de PET e Argamassa de Cimento. Eles ganharam, respectivamente, notebooks, smartphones e assistentes virtuais.
— Estamos muito emocionadas e felizes com essa vitória. Nosso projeto é um sistema inteligente de alerta para deslizamentos, algo que acontece muitas vezes em nossa região. Estamos realizados em representar nossa regional, a Centro Sul, e poder apresentar esse trabalho para todos — comemorou Fernanda de Faria Marcelino, de 17 anos, uma das integrantes da equipe campeã.
Ao apresentar projetos e soluções inovadoras, a Expotech estimula o interesse dos estudantes pela ciência e pela tecnologia, contribuindo para a conscientização sobre a importância do meio ambiente.
— A Expotech foi pensada para, além da ciência e da tecnologia, trazer o movimento da sustentabilidade das ODS. É esse o trabalho que levamos para a escola, com todas as questões do meio ambiente. É importante que o jovem já comece a pensar em como ele pode ajudar a sua comunidade, no seu ambiente, com ações simples e valiosas. Acreditamos que, com iniciativas como essas, nos tornamos pessoas mais conscientes para uma sociedade melhor — concluiu Flávia Costa, superintendente pedagógica da Seeduc-RJ.