Mobilização faz parte de plano para acelerar atendimento a pacientes para diferentes tipos de cirurgias no Estado
Este sábado (26/07) foi dia de mutirão de consultas e exames para cirurgias de descolamento de retina no Instituto Estadual de Olhos (IEO), em Campo Grande, na Zona Oeste. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) realizou 150 procedimentos na unidade, que oferece atendimento oftalmológico completo aos pacientes pelo SUS. O instituto foi entregue pelo Governo do Estado à população em abril deste ano, com investimentos de cerca de R$ 6 milhões.
— A saúde visual impacta diretamente na qualidade de vida da população. Estamos fazendo um grande esforço para acelerar os atendimentos e permitir que mais fluminenses tenham acesso a procedimentos que muitas vezes esperariam por anos. Assim garantimos autonomia e dignidade para a população com esse equipamento 100% dedicado a saúde dos olhos — explicou o governador Cláudio Castro.
No dia 12 de julho, a Secretaria de Estado Saúde realizou o primeiro mutirão de catarata com 50 procedimentos no Instituto Estadual. Agora, foi a vez de ampliar o atendimento aos pacientes com problemas de retina.
O novo mutirão, segundo a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, reforça o compromisso do Estado em ampliar a oferta de atendimento oftalmológico de qualidade na rede pública.
— O Instituto Estadual de Olhos foi criado com o objetivo de oferecer assistência especializada. Começamos com as cirurgias de catarata e, neste sábado, realizamos os atendimentos para descolamento de retina. No dia 28, daremos início às cirurgias de glaucoma. O IEO é uma unidade moderna que nasceu com esse propósito — declarou a secretária.
Os pacientes foram encaminhados pelo Complexo Estadual de Regulação (CER). Um deles, o aposentado Daniel dos Santos, morador de Itaguaí, na Baixada Fluminense, foi diagnosticado com problema na retina, córnea e retinopatia, que é quando os vasos sanguíneos da retina são danificados devido aos altos níveis de açúcar no sangue.
— Estou com problema nas duas vistas. Outro agravante é minha pressão ocular, que é alta. Não enxergo direito e tive que parar de dirigir devido à baixa visão. Quero ficar bom e ter uma vida de com autonomia e plena. Tive uma excelente acolhida desde a recepção ao atendimento médico — declarou Daniel dos Santos.
Com o passar dos anos, Marcos da Silva Santos, de 52 anos, começou a apresentar dificuldades na leitura de jornal, ver televisão e enxergar as mensagens que recebe pelo celular. O mutirão foi a chance para checar a visão.
— É uma grande iniciativa que possibilita ao cidadão a chance de cuidar da saúde ocular, com médicos qualificados e equipamento de primeira. Vejo pequenas nuvens em minha frente e tudo sem foco. Sou diabético e tenho retinopatia. Estou no lugar certo — frisou o pintor, que morador em Queimados.
O descolamento de retina é uma emergência oftalmológica grave em que a retina, a camada sensível à luz no fundo do olho, se separa do tecido que a sustenta. Isso pode levar à perda da visão se não tratada rapidamente. A cirurgia consiste na correção da ruptura, além da remoção do fluido para evitar a progressão do descolamento, preservando a visão.
— No mutirão de atendimento, fizemos uma consulta minuciosa da situação clínica do paciente que teve à sua disposição exames importantes, como mapeamento de retina, retinografia, ultrassonografia ocular e tomografia de coerência óptica. Depois desse diagnóstico, os pacientes indicados serão encaminhados para as cirurgias ou tratamento — explica o coordenador médico do IEO, Leonardo Armond.
O Instituto de Olhos já realizou 71.276 exames — entre eles ultrassonografia, tomografia e biometria ultrassônica ocular — além de 6.644 consultas e 498 cirurgias de catarata, beneficiando moradores de 66 municípios de todo o estado.