Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil há vários anos. Dados do Painel de Monitoramento da Mortalidade, vinculado ao Ministério da Saúde, apontam que, em 2024, mais de 240 mil brasileiros perderam a vida por problemas relacionados ao coração, reforçando a necessidade de cuidados adequados nessa área da saúde.
Entre essas doenças, as arritmias se destacam. Segundo dados divulgados no 79º Congresso Brasileiro de Cardiologia (SBC) em 2024, ocorreram 154.965 internações por arritmias no país entre 2019 e 2023, das quais 95% foram em caráter de urgência, resultando em 9.993 mortes associadas à condição. No mesmo período, o custo médio por internação aumentou 35,6%, indicando uma sobrecarga crescente no sistema de saúde.
Para o cardiologista especialista em arritmia, Dr. Tayene Quintella, esses números são um alerta, mas também uma oportunidade para reforçar o papel da inovação e da prevenção na medicina cardiovascular.
“Embora a gravidade dos dados evidencie a necessidade de atenção imediata, acredito que a combinação de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, dispositivos vestíveis e exames de alta precisão, com uma abordagem humanizada e preventiva pode transformar esse cenário”, afirma.
Segundo o médico, o futuro da cardiologia está na integração entre diagnóstico precoce e tratamentos personalizados, que minimizam riscos e custos hospitalares.
“Procedimentos minimamente invasivos, como a ablação por cateter, aliados ao monitoramento contínuo e à educação do paciente, são o caminho para reduzir o impacto das arritmias”, explica.
Dr. Tayene reforça ainda a importância de políticas públicas que ampliem o acesso a essas tecnologias e promovam campanhas de conscientização, principalmente em regiões com maior mortalidade.
“Ser cardiologista hoje é muito mais do que tratar sintomas. É atuar na linha de frente da inovação, prevenção e cuidado humanizado. Precisamos reforçar a necessidade de aumentar o acesso a tratamentos especializados de arritmia no SUS, ampliando a qualidade de vida e garantindo maior segurança à saúde. Essa data é o momento para celebrarmos conquistas e reafirmar o compromisso com a saúde do coração de todos os brasileiros”, conclui.
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