Os taxistas de Petrópolis estão temendo pela própria segurança em Petrópolis, após o assassinato do taxista Nelson kappaun, de 83 anos, nesta terça-feira (09). O crime aconteceu no Km 74 da br-040, próximo ao Moinho Preto, no sentido Itaipava, após ele atender a uma corrida iniciada na Rua Paulo Barbosa, no Centro da Cidade.
“O que sabemos é que no local, onde o corpo foi encontrado, os dois saíram do carro e entraram em luta corporal. O criminoso usou uma chave de fenda, uma faca e também um pedaço de pau para agredir o Nelson. Ele foi muito agredido”, desabafou Bruno Dias, também taxista na cidade.
A Polícia Civil aponta que Nelson foi vítima de latrocínio, ou seja, de um caso de roubo seguido de morte. O carro da vítima foi levado pelo autor do crime, ainda não identificado, e encontrado nesta quarta-feira (09), próximo a comunidade da Vila do João, no Rio de Janeiro, segundo Bruno.
“Todos os taxistas estão em pânico, assim como a família do Nelson. Essa brutalidade, que aconteceu com ele, poderia acontecer com qualquer um de nós durante o trabalho”, lamentou Bruno.
No ponto de taxi da Rua Paulo Barbosa, onde Nelson trabalhava, Rufino José Pereira, taxista que atuava há anos com a vítima, se mostrou em choque com o caso. “É triste. Isso não pode acontecer! A população tem que ter segurança, e os taxistas também. A ficha ainda não caiu, e já sentimos falta do nosso parceiro. Infelizmente aconteceu com ele, mas poderia ter sido com qualquer outro taxista”, afirmou Rufino.
Outros taxistas também demostraram preocupação e temor. Leonardo Gomes, por exemplo, disse que não se sente seguro em Petrópolis. Já José Fernando afirmou que após o ocorrido o trabalho tem sido difícil. “Ontem a gente trabalhou com medo, e hoje estamos chocados por saber que algo parecido pode acontecer com qualquer um de nós por aqui”, lamentou.
O velório de Nelson kappaun foi realizado na tarde desta quarta-feira (10), às 16h, na capela da Funerária Ruy Ligeiro, no Centro de Petrópolis. A Polícia Civil informou que está investigando o caso, e diligências permanecem sendo realizadas em busca do acusado.
Em decorrência do crime, após o velório, taxistas da cidade fizeram uma manifestação na tarde desta quarta-feira (10), iniciada no Valparaíso.
Foto: reprodução