Na última quinta-feira (18), a Defesa Civil de Petrópolis apresentou na Câmara Municipal, o relatório quadrimestral das ações realizadas durante maio, junho, julho e agosto. Nele, vereadores apontaram que há lacunas na análise, no que tange o andamento de obras de reestruturação pós tragédia socioambiental e de prevenção, além de pontos específicos, não descritos no documento apreciado. No entanto, a entidade ligada à Prefeitura destacou que as demandas questionadas na sessão, não fazem parte da alçada da pasta, sendo direcionadas a outras secretarias, como a de Obras.
O documento apresentou as principais ações da Secretária, enfatizando a estruturação dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil (Nudecs), e a integração da sociedade civil e outras entidades como ICMBio e Concer para o alcance maior das informações ligadas a queimadas e eventos climáticos extremos. Também estudos e planos de contingências além de projeções e ampliações de projetos já existentes, como o Cell Broadcast e cancelas.
“Falta”
Frente ao apresentado, o parlamentar Léo França (PSB), expressou que diante ao histórico de Petrópolis, relacionado a vulnerabilidade da cidade em lidar com eventos climáticos que levaram às tragédias ambientais, o relatório do quadrimestre não supriu as necessidades. “A prestação de contas da Secretaria de Defesa Civil, evidenciou a falta de preparo do governo municipal para enfrentar o período de chuvas, que se aproxima com a chegada do verão”, disse.
Os pontos mais críticos foram a falta de informações sobre: as obras de reconstrução e prevenção; dragagem dos rios; limpeza de bueiros; situação atualizada dos pontos de apoio e contenção de encostas previstas no novo PAC Seleções, algo que já está previsto na União como fonte de destinação de recursos.
Dentre os mencionados, o Secretário de Defesa Civil, Guilherme Moraes, explicou que a pasta funciona de forma integrada, destacando que outras secretarias constituem as movimentações que prevê a mitigação e prevenção dos desastres.
Em relação às obras, Guilherme contou que essa etapa é com a Secretaria de Obras, já a dragagem dos Rios está sob responsabilidade do Estado, que está atuando por meio do projeto “Limpa Rio Margens”. Ele também mencionou que os bueiros estão sendo limpos pela Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (COMDEP). Outro ponto é os pontos de apoio que conforme expresso pelo secretário, toda relação e análise que tange o assunto já está descrito no plano de contingência.
Nesse mesmo seguimento, informou que as sirenes, assim como as cancelas, que são os bloqueios de vias para evitar passagem de veículos em meio a enchentes, localizadas, nas seguintes regiões: Ponte Fones, Duas Pontes e Rua Washington Luiz (próximo a Upa – Centro), são testadas em todo dia 10 de cada mês. Guilherme ressaltou ainda que pediu ao Estado, por meio da elaboração da análise de risco hidrológico, a expansão dessas cancelas a outras regiões.
Apresentados
A Secretaria prestou conta dos temas: Inovação tecnologia para monitoramento da Defesa Civil, com a novidade do Lançamento do Plano de Contingência para estiagem e fogo em vegetação. Outro eixo foi a Pesquisa e desenvolvimento da cultura de prevenção de desastres, com foco na escola resiliente. Uma ponte importante foi o projeto SABO, um projeto cujo objetivo é o desenvolvimento e a implantação de ações para o fortalecimento da gestão integrada de riscos de desastres naturais, que será implantado na localidade do Morin.
Outros destaques foram a preparação e atendimento de resposta em situações excepcionais, como a elaboração do plano de operações Integradas para a Bauernfest 2025, a organização e estruturação do simulado com Defesa civil no bairro Vila Felipe. Também houve reestruturação dos núcleos da Defesa Civil e a Geoeducação para prevenção.