A pesquisa divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) confirmou Petrópolis como a cidade mais autônoma do Brasil em 2024. O município alcançou nota máxima (1.0000) no índice, ficando em 1º lugar no ranking nacional e estadual. Na região de cobertura do jornal Correio Petropolitano, essa posição já vinha sendo disputada nos últimos anos com Miguel Pereira, que havia ocupado o topo em 2021 e 2023.
A autonomia fiscal mede a capacidade da cidade de se manter com recursos próprios, sem depender excessivamente de transferências estaduais ou federais.
Comparação com anos anteriores
2021: Petrópolis já figurava entre as líderes, dividindo a primeira posição com Miguel Pereira e Paty do Alferes.
2022: caiu para a 43ª posição no estado, mas se manteve bem colocada nacionalmente (1.869ª).
2023: recuperou a força, empatando novamente no topo com Miguel Pereira.
2024: repetiu o desempenho máximo.
Região Serrana
Outros municípios da Região Serrana não repetiram o bom desempenho da Cidade Imperial. Teresópolis, por exemplo, que em 2023 ocupava a 31ª posição no estado, caiu para a 61ª em 2024, com índice de apenas 0.5010.
Nova Friburgo também apresentou recuo: saiu da 66ª posição estadual em 2023 (0.3611) para a 67ª em 2024 (0.4062).
Já São José do Vale do Rio Preto, que estava em situação crítica em 2023 (67º lugar no estado e 4.265º no país), apresentou melhora significativa: subiu para a 44ª posição estadual em 2024, com índice de 0.7357.
Outro destaque é Miguel Pereira, que apesar de perder a liderança, manteve-se em boa colocação: 33º no estado e 2.408º no Brasil, com índice de 0.9743.
Municípios sem avaliação
O estudo da Firjan também aponta que Três Rios, presente nos rankings anteriores, não teve dados analisados em 2024 devido à indisponibilidade ou inconsistência nas informações enviadas pela prefeitura.
Metodologia
O Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) avalia a situação fiscal de mais de 5 mil municípios brasileiros, com base em dados oficiais da Secretaria do Tesouro Nacional. O estudo mede quatro indicadores: autonomia, gastos com pessoal, liquidez e investimentos. A nota vai de 0 a 1, sendo que quanto mais próxima de 1, maior a sustentabilidade fiscal da cidade.