O Produto Interno Bruto (PIB) do Rio de Janeiro cresceu 5,7% em 2023 e alcançou a marca de R$ R$ 1,172 trilhão. O aumento em volume deixou o Estado como o que mais cresceu na Região Sudeste e o quinto do País. Apesar disso, a participação em valor corrente no PIB nacional recuou 0,7%. A atividade de Indústrias extrativas foi a principal responsável pelo incremento. No Brasil, o crescimento foi de 3,2%. Entre as 27 unidades da federação, 14 ficaram com índices maiores que o nacional. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (14) e fazem parte do Sistema de Constas Regionais, que é feito em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA).
Com a variação de 5,7% entre 2022 e 2023, o Rio passou de um valor do PIB corrente de R$ 1,153 trilhão para R$ 1,172 trilhão. A média de crescimento do Sudeste foi de 2,7%. “A alta do Rio de Janeiro foi puxada pelo crescimento das indústrias extrativas, em especial de petróleo e gás”, explica a gerente de Contas Regionais, Alessandra Poça.
Em valor corrente, o PIB do Rio de Janeiro é o segundo maior do Brasil. O primeiro é o São Paulo com R$ 3,4 trilhões. Segundo o levantamento, em relação as taxas de crescimento, o Rio de Janeiro (5,7%) registrou a quinta maior variação atrás de Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (12,9%), Mato Grosso (12,9%) e Tocantins (7,9%). No Sudeste ficou em primeiro lugar. Enquanto isso, São Paulo registrou aumento de 1,4%, Minas Gerais (3,4%) e Espírito Santo (3,4%).
O PIB do Sudeste somou R$ 5,799 trilhões e o PIB do Brasil foi calculado em R$ 10,943 trilhões. Em valor corrente, o Estado participa com 10,7% do PIB brasileiro, queda de 0,7% em relação a 2022. Já em valores per capita, o PIB do Rio foi de R$ 72.624,33, o segundo da Região Sudeste (R$ 68.357,91).
VALOR BRUTO ADICIONADO
Em 2023, os setores da economia que mais participaram do Valor Adicionado Bruto (VAB) foram: Serviços (61,1%) e Indústria (38,5%). No primeiro, destaque para a administração, defesa, educação, saúde pública e seguridade social (16%); no segundo, para as indústrias extrativas (26,2%).
O VAB é obtido pela diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido por todas as atividades econômicas, Dessa forma, o PIB pela ótica da produção é estimado pela soma dos VABs das atividades econômicas com os impostos sobre produtos, líquidos de subsídios, e é a principal medida de valor de uma economia
O SISTEMA
O Sistema de Contas Regionais traz dados sobre a composição e evolução do Produto Interno Bruto (PIB) de cada Unidade da Federação, calculados a partir de estatísticas sobre o valor anual da produção, consumo intermediário e valor adicionado bruto de cada atividade econômica. Permitem, ainda, estimar o valor adicionado bruto anual, por atividade, expresso em valores correntes e constantes, e o PIB, avaliado a preço de mercado, de cada Unidade da Federação.