A manhã desta terça-feira (25) foi de alinhamento entre entidades civis e o poder público sobre os cuidados com os distritos. Representantes da Unita – Unidos por Itaipava e do Petrópolis Convention & Visitors Bureau participaram de uma reunião com representantes da CPTrans, Comdep, Secretaria de Segurança, Serviços e Ordem Pública e Secretaria de Desenvolvimento Econômico para discutir problemas que afetam diretamente a rotina de moradores, empresários e visitantes de Itaipava. A agenda de encontros com o poder público é uma reivindicação do PC&VB e vem sendo mantida pela prefeitura.
No encontro, foram destacadas questões recorrentes relacionadas à limpeza urbana, sinalização, ordenamento do trânsito e, principalmente, à falta de continuidade das ações. Segundo a Unita, o distrito vive ciclos de intervenções que começam bem, mas não se sustentam: agentes de trânsito aparecem por alguns dias e depois somem, placas são instaladas em um ponto e não chegam ao outro, pequenas correções são feitas sem que haja manutenção posterior.
“Não adianta ter ações isoladas. Itaipava precisa de uma zeladoria constante, presente todos os dias, com olhar técnico e compromisso real com os resultados”, afirma o presidente da Unita, Alexandre Plantz. Ele reforçou que a ausência de um planejamento contínuo compromete até iniciativas promissoras. Um exemplo citado na reunião foi o teste de trânsito realizado em Bonsucesso às 17h, em pleno horário de pico, o que gerou transtornos e não permitiu avaliar com precisão a eficácia da proposta.
As entidades, sendo o PCVB representado pelo presidente, Fabiano Barros, pelo diretor Rogério Elmor e pelo diretor executivo, Marco Muller, defenderam mais atenção ao distrito. Foram abordados temas como a necessidade de um “choque de ordem” permanente, aliado a pequenas intervenções que podem fazer grande diferença no dia a dia: colocação de novas placas, melhor tratamento da sinalização já existente, remoção de entulho, fiscalização constante de descarte irregular e reorganização de pontos de ônibus entre outras ações de zeladoria.
Para os participantes, o maior entrave segue sendo a falta de um cronograma claro das secretarias envolvidas, com metas, prazos cumpridos e prestação de contas. “O distrito não pode depender de ações pontuais. Precisamos de planejamento, execução e avaliação. Só assim Itaipava terá melhorias reais e duradouras”, aponta Plantz.
A reunião também destacou a necessidade urgente de melhorar a comunicação entre a prefeitura e a comunidade local. Segundo as entidades, informações básicas – como avisos sobre testes de trânsito, mudanças temporárias de fluxo, horários de coleta de lixo ou intervenções pontuais – muitas vezes não chegam aos moradores e comerciantes com antecedência. Para a Unita, comunicar não é apenas informar: é envolver, ouvir e interagir com quem vive o distrito diariamente. A ausência desse diálogo faz com que ações sejam mal compreendidas ou executadas em horários inadequados, reduzindo sua eficácia e ampliando o desgaste entre população e poder público.