Em mais uma iniciativa com foco na excelência das investigações, a Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol) iniciou a segunda edição do Curso de Investigação Patrimonial e Análise Financeira (CIPAF). A formação estratégica é voltada para o aperfeiçoamento técnico de 37 policiais civis, entre delegados e oficiais, para atuar no rastreamento de ativos ilícitos e no enfrentamento ao crime organizado. A nova edição acontece após o sucesso do primeiro curso, realizado em agosto deste ano, que consolidou a importância da capacitação no rastreamento de ativos ilícitos.
A capacitação começou nesta segunda-feira (01/12) e vai até o dia 12 de dezembro. As aulas acontecem na Academia Estadual de Polícia Sylvio Terra (Acadepol), das 9h às 17h. O diretor-geral da Acadepol, delegado Bruno Gilaberte Freitas, destaca que a continuidade do curso reforça a importância dessas capacitações.
“O futuro de todas as polícias passa por especializar as investigações em termos tecnológicos e financeiros. Esse é o caminho para a Polícia Civil do Rio de Janeiro se consolidar cada vez mais como uma instituição de excelência nesse tipo de investigação”, afirma.
Com foco no domínio de técnicas modernas de investigação financeira, o CIPAF prepara os servidores para analisar relatórios de inteligência, interpretar documentos fiscais e bancários, utilizar bases de dados especializadas e compreender informações telemáticas, como conexões, georreferenciamento e comunicações digitais. Também serão trabalhados procedimentos de elaboração de relatórios técnicos que subsidiem medidas cautelares e operações de recuperação de ativos.
Para a coordenadora do Gabinete de Recuperação de Ativos (GRA), delegada Renata Montenegro, o avanço da formação no rastreamento monetário é um passo muito grande para instituição. “A investigação financeira e patrimonial é a base de toda recuperação de ativos, por isso a importância dessa capacitação”, ressalta.
O curso reforça a atuação da instituição no bloqueio de bens de origem criminosa, na interrupção de fluxos financeiros ilegais e na responsabilização patrimonial de investigados. Para o diretor do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), delegado Henrique Damasceno, a implementação da formação é decorrente da necessidade permanente da instituição em evoluir. “A investigação patrimonial é hoje uma das ferramentas mais eficazes no combate ao crime organizado e permite entender os agentes ocultos dentro dessas organizações, independente do delito”, explica o diretor.
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