Atualização internacional reforça qualificação local no tratamento de fibrilação atrial e arritmias complexas
O cardiologista petropolitano Tayene Quintella, referência na área de arritmias em Petrópolis, acaba de retornar de um treinamento intensivo em um dos principais centros de arritmia dos Estados Unidos. A atualização abordou técnicas avançadas de diagnóstico e tratamento, incluindo métodos modernos de mapeamento elétrico cardíaco e estratégias de prevenção para fibrilação atrial, a arritmia sustentada mais comum no mundo.
“Mais do que atualizar técnicas, essa experiência nos Estados Unidos me mostrou caminhos para antecipar problemas antes que eles avancem. A cardiologia vive um momento de virada, e trazer esse olhar para Petrópolis significa oferecer precisão, não apenas tratamento”, explica o médico.
Estudos internacionais apontam a relevância crescente do tema: um levantamento da Oxford Academic, publicado no European Heart Journal, estima que a fibrilação atrial atinja 37 milhões de pessoas globalmente. Outro estudo, realizado na Suécia e publicado no BMC Cardiovascular Disorders, identificou prevalência próxima de 5% em indivíduos com 60 anos ou mais, reforçando o impacto da doença em populações que envelhecem.
“Quando entendemos de perto como os grandes centros lidam com arritmias complexas, percebemos o tamanho da oportunidade que cidades como Petrópolis têm. Não é sobre copiar protocolos, mas adaptar a tecnologia à nossa realidade e criar soluções que façam sentido para o cotidiano do paciente”, completa Quintella.
Graduado pela Faculdade de Medicina de Petrópolis, Tayene Quintella atua na área de arritmias, em hospitais de referência no estado do Rio, incluindo o Hospital Santa Teresa e a Rede D’Or, nos setores de eletrofisiologia e estimulação cardíaca.
Conquista importante para a cardiologia
Nesta semana, o serviço de arritmia do Hospital Santa Teresa alcançou uma marca expressiva: 250 procedimentos de alta complexidade realizados desde o início do projeto. A equipe responsável, composta pelos cardiologistas Tayene Quintella e Nélio Gomes, chefe da cardiologia da instituição, teve suporte dos anestesistas Júlia Gomes e Rafael Teixeira.
O procedimento também foi acompanhado pelo especialista Cláudio Munhoz, referência nacional na área. A equipe conduziu uma oclusão percutânea da auriculeta esquerda, procedimento indicado para prevenção de AVC em portadores de fibrilação atrial que não podem usar anticoagulantes orais.