Larissa Martins
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED) mostram que em janeiro deste ano, Petrópolis registrou 2.167 admissões e 2.296 desligamentos. Devido ao número de demissões de trabalhadores sendo maior que o número de contratações, o município teve saldo negativo de -129 postos de empregos formais. O estoque foi de 63.654.
O setor de serviços foi o maior gerador de empregos, responsável por 1.114 contratações. Seguido pelo comércio que rendeu 519 oportunidades; a indústria gerou 331 empregos; a construção foi responsável por 190 vagas e a agropecuária gerou 13 novas vagas ocupadas.
Destes números, os homens lideram o ranking de admissões representando 1.142, do número total, enquanto as mulheres representam 1.025 admissões.
Apesar disso, o setor de serviços também foi o maior responsável por demitir trabalhadores com 1.103 desligamentos. O saldo gerado foi de 11 e o estoque de 31.418. No comércio foram 685 pessoas demitidas, gerando um saldo negativo de -166 e estoque de 15.776.
Em seguida aparece a indústria responsável por 285 demissões e saldo positivo de 46. O estoque foi de 13.150. Na área de construção foram 208 desligamentos que geraram saldo negativo de -18. O estoque ficou em 2.846. Na agropecuária 15 trabalhadores foram dispensados. O saldo ficou em negativo com -2 e o estoque foi de 464.
Já em relação aos desligamentos os homens também lideram o ranking com 1.240 desligamentos, enquanto as mulheres representam 1.056 demissões, segundo o CAGED.
Com o alto índice de demissões, quem não tem uma renda fixa precisa empreender para ganhar um dinheiro extra. Assim, como Caroline Cordeiro, que é vendedora de rua há cinco anos. Segundo ela, tudo começou depois que ficou desempregada e uma amiga deu a ideia de virar empreendedora. “Eu era vendedora de roupas em uma loja e fui demitida. A partir desse momento, uma amiga me deu a ideia de vender doces. Iniciamos vendendo trufas, e então, fizemos bolos de pote também para testarmos. Os clientes aprovaram e pediram pra fazermos bolos de aniversário. Desde então, as vendas alavancaram. Agora, vendemos bolos, ovos de Páscoa, docinhos de festa, sanduíche natural e muito outros produtos. Atualmente são mais de 100 clientes fixos que, semanalmente, compram os doces. No início não foi fácil, mas para quem quer iniciar nesse ramo a minha dica é: não desistir”, conta, a vendedora.
O empreendimento deu tão certo que hoje em dia, Caroline também faz produtos voltados para datas comemorativas. Inclusive, a agenda está aberta para encomendas de ovos de páscoa e os pedidos não param de chegar. “Já abri a agenda para que os clientes encomendem com antecedência, porque nessa época do ano viramos a noite preparando os pedidos. Então, precisamos de tempo para produzirmos tudo e entregarmos com calma, principalmente os ovos grandes que demandam mais cuidado e tempo. Nosso objetivo é que os clientes fiquem satisfeitos e aproveitem os chocolates”, conclui.