Policiais civis da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) prenderam, nesta segunda-feira (03/11), uma criminosa envolvida em diversos golpes bancários contra idosos. Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados à mulher.
A investigação aponta que ela, que era gerente de banco, roubou centenas de clientes idosos com empréstimos fraudulentos dentro de uma agência, na cidade de Três Rios, no interior do estado. De acordo com os agentes, a mulher estruturou uma espécie de pirâmide financeira, movimentando cerca de R$ 1 milhão em contratações irregulares de crédito em nome das vítimas. Os valores obtidos eram utilizados em novos contratos, simulando a quitação de dívidas anteriores.
Para dificultar o rastreamento do dinheiro, ela ainda criava contas-poupança vinculadas aos perfis das vítimas e transferia os valores desviados para contas de terceiros. O golpe foi desmascarado por vítimas que denunciaram o caso após receberem cobranças indevidas e notificações de operações desconhecidas.
Após trabalhos de inteligência e monitoramento da unidade, a criminosa foi localizada e, contra ela, foi cumprido um mandado de prisão. Também foram apreendidos documentos, extratos bancários e dispositivos eletrônicos, que auxiliarão na identificação de demais envolvidos e na rastreabilidade dos valores desviados.
MPRJ denuncia e obtém prisão de gerente de banco por desvio de mais de R$ 2 milhões de clientes em Três Rios
A 1ª Promotoria de Justiça Criminal de Três Rios denunciou e obteve a prisão preventiva da gerente de banco Júlia Machado Cardoso Faria, cumprida pela Polícia Civil, pelo crime de furto qualificado, praticado diversas vezes. De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Júlia desviou mais de R$ 2 milhões da agência onde trabalhava, localizada no centro de Três Rios. Entre dezembro de 2022 e junho de 2024, 91 clientes foram lesados, principalmente idosos que recebiam benefícios previdenciários.
Ainda segundo a Promotoria, Júlia realizava atendimentos presenciais na agência, estabelecia laços de confiança com os clientes e mantinha contato com os correntistas por meio de aplicativo de mensagens, o que lhe conferia liberdade para operar os sistemas bancários. A gerente solicitava que os clientes inserissem suas senhas ou biometria sob o pretexto de validar procedimentos legítimos, mas utilizava essas ações para contratar empréstimos pessoais e consignados em nome dos clientes, sem o consentimento deles.
“Ainda em suas condutas, Júlia criava contas-poupança para os correntistas de modo a burlar os sistemas automatizados de segurança do banco, que identificariam movimentações atípicas caso fossem realizadas na conta corrente”, destaca trecho da denúncia.
A fraude foi descoberta depois que um cliente percebeu movimentações irregulares de saques e depósitos em sua conta, incluindo um empréstimo de R$ 25 mil, que não havia sido solicitado. O banco iniciou uma investigação interna e constatou que diversos correntistas haviam sido lesados pelo mesmo esquema.