Superintendência de Promoção da Igualdade Racial atua na inclusão social das mulheres pretas e no combate ao racismo e desigualdade de gênero
No Brasil, julho é marcado como o mês dedicado à celebração e luta das mulheres negras, com foco no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho. O “Julho das Pretas”, como ficou conhecido, homenageia a força, a resistência e a beleza das mulheres negras. E destaca a importância de se combater o racismo, a desigualdade de gênero e discutir políticas sobre a inclusão social deste público em específico. Essa é uma das principais linhas de atuação do Governo do Rio, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, que tem promovido rodas de conversas com mulheres quilombolas, profissionais da educação e divulgação da cartilha de letramento racial em palestras e encontros com técnicos dos municípios ampliando a discussão antirracista.
– Esse é um período de conscientização, reflexão e debate mesmo sobre a importância de se construir uma sociedade mais justa e igualitária para todas as mulheres, e as mulheres negras ainda são as que mais precisam desse suporte do Governo. Então, neste mês, precisamos lembrar que são elas as mais vitimadas em casos de violência, as que mais sofrem com letalidade materna, as com menos acesso à educação e ao trabalho; 33,4% das mulheres negras não possuem ensino fundamental. O número de mulheres negras desempregadas é sempre maior, elas têm menos acesso à saúde…assim, o nosso trabalho é garantir essa inclusão e esses direitos. – ressaltou a secretária Rosangela Gomes.
Conhecer as realidades e a escuta das populações quilombolas
Entre as atividades desenvolvidas atualmente pela Superintendência de Promoção da Igualdade Racial está o levantamento da realidade dos quilombos, hoje, existentes no estado. A proposta é mapear e traçar um perfil que permita avançar em políticas públicas específicas para essas comunidades.
-Estamos trabalhando para podermos conhecer cada vez mais, e assim identificarmos as demandas e como podemos atuar para garantir uma política pública efetiva de fato. Neste mês, em especial, a nossa proposta é aproveitar o momento de reflexão para promover o diálogo sobre os desafios enfrentados pelas mulheres negras, com foco na identidade, resistência e na construção de políticas públicas voltadas à promoção da igualdade racial e de gênero. Isso é fundamental se quisermos de fato diminuir essas disparidades. – destacou a subsecretária de Promoção , Garantia e Defesa dos Direitos Humanos, Aline Forasteiro.
Um dia de luta e de história do movimento na mulher negra
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi instituído em 1992, durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. E marca também o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que personifica a luta e a resistência do povo negro no país.
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